Um piloto júnior da Cathay Pacific Airways foi suspenso de suas funções após falhar em um teste de bafômetro na terça-feira (23), pouco antes de seu voo de Sydney para Hong Kong, resultando num atraso de dois dias para a decolagem, conforme apurou o South China Morning Post.
Fontes revelaram que parte da tripulação do voo CX-110 foi submetida a testes de álcool em Sydney a pedido das autoridades australianas e o piloto júnior não passou no teste, ocasionando sua suspensão imediata e o atraso do voo. Um informante acrescentou que a Cathay Pacific enviou um novo piloto de Hong Kong para Sydney para participar do voo reprogramado.
“Todos nós conhecemos a regra das ’10 horas de garrafa para o controle’. Não se pode beber 10 horas antes de se apresentar para um serviço de voo,” explicou a fonte. “A maioria de nós observa essa regra. O limite da empresa é de 0,02% de álcool no sangue. Agora que o segundo oficial original foi suspenso, a Cathay tem que providenciar um segundo oficial substituto, causando um atraso prolongado.”
O informante detalhou que o Airbus A350-900 estava programado para decolar às 7h35 da manhã de terça-feira, horário de Sydney, e chegar em Hong Kong às 15h05. No entanto, devido à falha no teste de álcool do copiloto, o voo foi adiado em dois dias, resultando em prejuízo aos passageiros e à empresa aérea.
A fonte também destacou que a companhia aérea expressou indignação com o incidente, que causou perdas financeiras, e pode considerar demitir o piloto envolvido. O piloto júnior, que servia como segundo oficial, juntou-se à companhia em 2022.
O manual de operações da Cathay Pacific, disponibilizado ao Post, define que um resultado de teste de bafômetro maior ou igual a 9 microgramas de álcool por 100 ml de ar é considerado uma falha para funcionários em funções sensíveis de segurança. Esse requisito é mais rigoroso do que o limite para dirigir embriagado em Hong Kong, que é de 22 mcg/100 ml de ar, equivalente a 0,05% de álcool no sangue.
A Cathay Pacific foi contatada para comentar o incidente.