O secretário de Segurança Pública do Estado (Sesp), coronel César Augusto Roveri, pontuou que crimes de feminicídio e estupro são os mais difíceis de prevenir, pois são algo de “cunho pessoal” e sem razão aparente. A avaliação ocorre após a divulgação de levantamento que coloca a cidade de Sorriso (420 km ao Norte) como a campeã de estupros no país e a 4ª mais violenta.
“Crimes de estupro e de cunho muito pessoal vem da própria sociedade. A questão é ter uma educação melhor, de ter condições de criação melhor para os filhos, para que as pessoas possam crescer e não cometer esse tipo de crime. Feminicídio e estupro são crimes muito difíceis de prevenir. Você não previne esse tipo de crime com policiamento e viatura na rua, parte muito da questão próprio seio social”, disse durante entrevista essa semana.
Levantamento do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgado recentemente apontou o município de Sorriso em 1° lugar com maior taxa de estupros e estupros de vulnerável no país, com 113,9 abusos para cada 100 mil habitantes. Além disso, o município subiu no ranking de 6ª para a 4ª cidade mais violenta em todo o país. A subida é atribuída a guerra de facções que se instalou na cidade nos últimos anos.
O titular da pasta afirmou que está em contato com a diretoria da polícia civil para investigar e elucidar os crimes, e ainda fortalecer e intensificar o policiamento e operações na região.
O secretário apontou que a sensação de “enxugar gelo” diante da violência não atinge só a cidade, mas todo o país, porém afirmou que, no estado, a diferença é que estão “aumentando a toalha” em referência a investimentos na segurança.
Seguindo a linha do governador Mauro Mendes (União), o secretário atribuiu a crescente da criminalidade às “leis frouxas”.
“As pessoas não têm mais medo de cometer crimes pela sensação de impunidade. Precisamos melhorar a nossa legislação e isso vem do Congresso nacional, da nossa Câmara Federal, vem do Senado. A gente comunga da mesma opinião do governador Mauro Mendes em que temos que melhorar nossa legislação”.
Fonte: GD