Jogadores do Sesi Bauru comemoram título da Superliga na redação da TV TEM
Do plantel do time, apenas três dos 15 atletas não vieram das categorias de base do clube: os veteranos Éder Carbonera e Mão, além do líbero Vitinho.
Assim como Éder, o técnico Anderson Rodrigues também conquistou a medalha de ouro pela Seleção Brasileira nas Olimpíadas. Os dois foram os principais guardiões dos jovens talentos que despontaram nesta temporada no Sesi. São os casos das mais novas explosões do esporte: a dupla Darlan e Lukas Bergmann, que ganhou quatro prêmios nesse domingo.
Aos 21 anos, Darlan se transformou no maior símbolo da atualidade do vôlei brasileiro e conquistou os prêmios de melhor jogador e melhor oposto da Superliga, além de ter sido o maior pontuador da competição com 626 pontos marcados.
Um ano mais novo, aos 20, Lukas Bergmann faturou os prêmios de melhor ponteiro e revelação do campeonato. Ambos foram revelados na base do Sesi-Bauru, assim como Thiaguinho, Guiga, Douglas Pureza, Acerola, Thiery, Maykon Leite, Mateus Bender, Juan e Robert.
A exceção à regra, o agora octacampeão da Superliga, Éder Carbonera revelou ao ge que tinha medo que a inexperiência do elenco pudesse pesar na final.
– Para mim é uma conquista pessoal, porque voltei ao Sesi no papel de líder e capitão, para ajudar essa garotada a crescer. O meu maior medo era, pela juventude e inexperiência, o time sentir ansiedade nessa final, mas não foi o que aconteceu. Começamos muito forte e acabamos acuando o Campinas.
– É extremamente importante o apoio à base. Sabemos como é difícil o apoio ao esporte no nosso país. No vôlei, mesmo tendo essa liga maravilhosa, vemos as dificuldades que os times têm todos os anos para brigar para ter patrocinadores e uma equipe consistente – emendou Éder.
Do líder dentro da quadra para a referência fora dela, Anderson Rodrigues também teve papel crucial no mix entre jovens e experientes do elenco do Sesi-Bauru. O treinador também deu entrevista ao ge, logo após seu primeiro título de Superliga da carreira, e não foi capaz de conter a emoção.
– O mais gratificante para o técnico é ver o menino crescer; é ver o Bergmann ser protagonista de uma final, ver o Darlan, um ícone do esporte, nessa alegria dele; é ver o Éder com 40 anos liderar o grupo, o Guiga, que é o coração do time; além da maestria do Thiaguinho, que foi brilhante. Ele foi maestro e soube reger muito bem a orquestra – falou Anderson.
Sobre os próximos passos do time, Anderson chorou ao citar a presença da mãe no jogo e projetou o que espera para o futuro do clube.
– Minha mãe tem 83 anos e ela estava aqui. Eu tinha medo de ela não ver uma conquista dessas. Foi bom demais abraçar ela, meus filhos. O brasileiro tem memória curta demais e amanhã todo mundo vai esquecer isso. Vamos melhorar cada dia mais, buscar o próximo passo. Fazer com que eles acreditem que não chegamos a lugar nenhum. Nós chegamos aqui (no alto) e temos que sair daqui para cima – finalizou o técnico do Sesi-Bauru.
Veja as idades dos jogadores campeões pelo Sesi-Bauru
- Éder Carbonera (40 anos)
- Mão (35 anos)
- Maycon Leite (31 anos)
- Thiaguinho (30 anos)
- Guiga (29 anos)
- Douglas Pureza (27 anos)
- Acerola (23 anos)
- Vinicius Piauí (23 anos)
- Robert (22 anos)
- Darlan (21 anos)
- Mateus Bender (21 anos)
- Vitinho (21 anos)
- Lukas Bergmann (20 anos)
- Thiery (20 anos)
- Juan (20 anos)