Do ponto de vista da experiência de voo, existem outras questões problemáticas. Uma das principais é como alimentar e dar água para o animal durante o voo, além de situações onde fazem xixi e cocô nos assentos.
“Alguns animais grandes chegavam a ocupar três assentos e, consequentemente, geravam incômodo para outros passageiros. Alguns latiam, outros faziam suas necessidades fisiológicas a bordo, outros rosnavam etc. Nem todos os passageiros acabam tendo o mesmo carinho pelos cachorros, alguns se sentem amedrontados, por exemplo”, diz Silva.
Como a aviação tem um foco muito sério na segurança, um cachorro que não tem o preparo comportamental para viajar a bordo pode colocar o voo em risco. Seja latindo ou brigando, não são todos os passageiros que conseguem lidar com isso.
Se houver um conflito com outro passageiro a bordo, ainda há o problema de ter de lidar com os viajantes indisciplinados, que também representam um outro risco.
Silva defende a elaboração de um projeto de lei firmando quais os limites (tamanho, peso etc.) e a forma como os animais podem ser transportados a bordo. Ao mesmo tempo, é necessário analisar as formas como os donos levariam os cães nos voos, se comprando uma fileira inteira para ficarem mais confortáveis, por exemplo, ou outra solução.
Por que cães-guia são permitidos?
Os cães-guia são animais altamente treinados. Segundo Antônio José e Silva, eles possuem outro perfil, desenvolvido para cumprir aquela função.