O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, empossou duas novas secretárias de estado nesta segunda-feira, no Palácio dos Bandeirantes. Agora são sete mulheres entre os 25 membros do primeiro escalão, ou 28%.
Enquanto a deputada estadual Valéria Bolsonaro (PL) substitui a vereadora Sonaira Fernandes (PL) na secretaria de Políticas para a Mulher, mantendo o viés ideológico na pasta, Andrezza Rosalém substitui Gilberto Nascimento Júnior no Desenvolvimento Social com um perfil mais técnico.
Em seu discurso, Tarcísio enalteceu o fato de ter nomeado mulheres para altos cargos em um ano e cinco meses de gestão.
— O secretariado está cada vez mais feminino. Estou aos poucos expulsando os homens e trazendo as mulheres — disse o governador, antes de mencionar as desembargadoras nomeadas no Tribunal de Justiça de São Paulo.
Fora Valéria e Andrezza, o governo de São Paulo conta com outras cinco secretárias: Natália Rezende (Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística), Lais Vita (Comunicação), Marília Marton (Cultura), Helena Reis (Esporte) e Inês Coimbra (Procuradoria-geral do Estado).
Ao fim da solenidade, Valéria se mostrou resistente em falar com a imprensa, para a qual respondeu perguntas rápidas por pouco mais de um minuto, antes de ser tirada de cena por seus assessores.
Ela se recusou a dizer quais projetos pretende colocar em ação e não respondeu sobre o orçamento ínfimo de sua pasta, um dos menores de todo o governo. A verba aprovada na Alesp para a secretaria em 2024 era de apenas R$ 10,4 milhões atrás apenas de Negócios Internacionais, com R$ 3,8 milhões.
— Como vocês ouviram o governador falar, o papel da secretaria é transversal. Então gastar o dinheiro das outras secretarias vai ser uma benção — declarou Valéria.
Reforço na segurança
Após a crise com a Polícia Civil que levou o conselho da corporação a pressionar o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, a recuar na decisão de ampliar as atribuições da Polícia Militar, Tarcísio afirmou nesta segunda que na próxima sexta-feira contará com um reforço na segurança do estado.
— Agora na sexta-feira estamos admitindo 4.017 novos policiais civis. Com mais de 3,5 mil em concursos em andamento, estamos falando em mais de 7 mil policiais. Isso significa que neste governo estamos recompondo mais de 30% do efetivo da Polícia Civil de São Paulo — declarou.