O Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo, no Parque Ibirapuera, recebeu na terça-feira (8) o evento de lançamento do Movimento Educa2030, uma iniciativa em defesa da escolaridade e especialização de mulheres, jovens e adultos, e do fortalecimento de oportunidades para jovens.
O encontro reuniu representantes da ONU, Unicef, Ministério do Trabalho e Emprego, Globo e outras marcas em nome da educação voltada para a questão da empregabilidade.
📊 O Movimento Educa2030 faz parte da estratégia Ambição 2030 do Pacto Global da ONU, e quer estimular empresas a assumirem metas ambiciosas para o avanço da educação e empregabilidade no país, por meio de três pilares principais:
- aumento da escolaridade de funcionários e terceiros nas empresas;
- inclusão produtiva de jovens, com foco em Jovem Aprendiz; e
- desenvolvimento profissional de mulheres em áreas STEM (ciências, tecnologia, engenharia e matemática).
💡 Na prática, a ideia é convencer as empresas a pensarem em políticas internas e de organização para investir, inspirar e possibilitar a constante atualização de seus funcionários por meio da educação com foco no mercado de trabalho. Dessa forma, os profissionais estarão sempre se especializando alinhados com as funções que desempenham ou querem desempenhar profissionalmente.
A iniciativa conta com o UNICEF e o Ministério do Trabalho e Emprego como parceiros estratégicos, e com a Globo e o Yduqs — grupo de educação superior que reúne marcas como Ibmec, Estácio e Wyden — como embaixadoras.
De acordo com Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU na Rede Brasil, cada pilar do Movimento tem um motivo para estar ali, e é importante para o objetivo final.
Segundo o especialista, a iniciativa nasceu da reflexão combinada sobre vários problemas do cenário nacional — como a falta de mão de obra especializada em empresas, o número exorbitante de jovens fora da escola e sem emprego, a ausência de mulheres em áreas STEM — e da conclusão de como a atuação do setor empresarial poderia ajudar a corrigir este cenário.
O Educa2030 vem nesse sentido de trazer as empresas para que capacitem seus funcionários, para que melhorem a escolaridade deles, para que tenhamos mais mulheres e jovens em cargos [de destaque] e também se capacitem em posições de tecnologia, além de garantir a inclusão produtiva dos jovens.
— Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU na Rede Brasil.
Para Magno Lavigne, secretário de Qualificação e Fomento à Geração de Emprego e Renda do Ministério de Trabalho e Emprego, as empresas que se comprometerem com a iniciativa estarão fomentando a vontade de estudar entre seus funcionários e promovendo a valorização desses profissionais.
Ele defende que é importante manter discussões como as propostas pelo Educa2030 porque o mercado de trabalho sempre passa por modificações, muitas delas permanentes. Assim, tanto o poder público quanto o setor privado precisam repensar e reconhecer suas responsabilidades.
O Movimento é também uma oportunidade para o setor privado refletir sobre as próprias políticas, de acordo com Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo.
Além de destacar o orgulho de ter a empresa como embaixadora da iniciativa, ele diz entender o pacto como uma oportunidade para olhar não somente para ações externas voltadas para educação e empregabilidade, mas para estimular ações dentro da própria Globo. E, através disso, inspirar outras empresas.
Aqui [no Educa2030] conseguimos reforçar [a importância da iniciativa] e criar um sentimento de mobilização, buscando estimular outras empresas para que façam a mesma coisa e sigam no mesmo caminho. Apostando na educação, apostando na formação, no desenvolvimento, para que as pessoas possam, ao longo do tempo, mudar suas realidades e ter uma vida e um futuro melhor.
— Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo.