A economia de Santa Catarina cresceu 5,1% em fevereiro deste ano, em comparação com o mesmo mês de 2023, acima da média nacional, de 2,6%, no mesmo período. A análise é do Observatório da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC).
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Segundo a organização, o desempenho pode ser explicado pelo ciclo de redução da taxa de juros no Brasil, e pela manutenção do consumo das famílias, além de crescimento de exportações.
A indústria cresceu 6,6% em Santa Catarina em fevereiro, em relação ao mesmo mês de 2023. O setor que teve destaque foi o de equipamentos elétricos, que no mês cresceu 21,3% no período. O segmento de máquinas e equipamentos avançou 3,7%, ambos incentivados pela trajetória de queda da Taxa Selic.
— A contribuição da indústria para a atividade econômica catarinense também foi decorrente do volume recorde de exportações do Estado no primeiro trimestre de 2024. A venda ao exterior de bens de capital intensivos em tecnologia cresceu 11,3% de janeiro a março deste ano e impulsionou a economia catarinense — afirmou o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
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Camila Morais, economista do Observatório FIESC, ressalta que a demanda externa no setor madeireiro também contribuiu para o desempenho. O segmento teve expansão de 13,5% em fevereiro, contra o mesmo mês de 2023.
— As melhores condições da indústria da construção dos Estados Unidos têm ampliado as exportações do setor e também as vendas de motores elétricos — afirma.
Exportações de bombas de líquidos, máquinas e aparelhos mecânicos com função própria e máquinas agrícolas para países da América Latina também contribuíram para o desempenho, segundo a economista.
Este crescimento, conforme a FIESC, reflete também na melhoria do nível de consumo das famílias no mercado interno, favorecendo o crescimento da produção de alimentos.
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A expansão da indústria de produtos têxteis foi motivada, dentre outros aspectos, pela fabricação de tecidos de malhas para atender as novas coleções de outono/inverno no Estado.
Comércio teve expansão de 13,3%
Segundo a análise do Observatório FIESC, o comércio teve uma expansão de 11,3%. O resultado é reflexo também do ciclo de queda das taxas de juros, e a manutenção do alto nível do consumo das famílias. As vendas de eletrodomésticos, por exemplo, tiveram crescimento de 18,4%, sexta expansão consecutiva em comparação ao mesmo mês do ano anterior.
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A compra e venda de veículos, motocicletas, partes e peças, também cresceu no mês, 22,7%, conforme a federação. Como efeito cascata, isso impulsiona a venda de combustíveis e lubrificantes, que cresceu 4,8% no período analisado. Já a melhoria nas condições de acesso ao crédito e a queda nos preços incentivaram o aumento das vendas de materiais de construção, que cresceram 5% em fevereiro.
A venda de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação também aumentou: 19,5% em fevereiro, em relação ao mesmo mês do ano anterior, influenciada pela expansão das atividades administrativas e serviços complementares, que envolvem locação de mão de obra e serviços de escritório.
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O segmento de serviços cresceu 8,4% no segundo mês de 2024 contra 2023, também puxado pelo consumo elevado das famílias, que impulsionou os serviços de transporte e armazenagem, que cresceram 9,3% na análise interanual, especialmente o transporte rodoviário de cargas.
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