A efeméride do dia 13 de maio marca a data em que a princesa Isabel assinou a abolição da escravatura no Brasil. Contudo, após a promulgação deste documento, o país ainda manteve um regime de segregação em relação aos africanos e afro-brasileiros escravizados, que os colocou em uma posição de extrema disparidade em comparação com a população branca e europeia. A ação, que em 2024 completa 136 anos, não garantiu direitos como educação, saúde e moradia para as pessoas pretas e pardas do país.
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Por esses motivos, os movimentos negros brasileiros consideram a data como o dia da “falsa abolição”. Além disso, a promulgação da lei não se deu somente pela benevolência da princesa Isabel, mas sim por uma conjunção de fatores como pressão internacional, revoltas populares, legislações específicas como a Lei do Sexagenário – que, aprovada antes da Lei Áurea, previa que escravizados com mais de 60 anos fossem libertos –, e sobretudo a ação do movimento abolicionista e a influência de intelectuais importantes como o jornalista e advogado Luís Gama, a aristocrata Maria Tomásia Figueira Lima, entre outros.
O período de escravização no Brasil, e os anos seguintes, – moldaram a configuração de relações institucionais e sociais no país, instituindo o racismo como espinha dorsal da nação.
A fim de combatê-lo, a Educação das Relações Étnico-Raciais é uma proposta que visa educar e desenvolver um senso crítico sobre a construção do país, levando em consideração a contribuição dos povos negros e sua importância histórica, social e cultural, para além da imagem cristalizada da pessoa preta escravizada.
Tendo isso em vista, o Porvir separou 10 conteúdos para apoiar ações antirracistas no ambiente escolar e contribuir com a desconstrução do racismo e do preconceito tanto dentro quanto fora da sala de aula.
Em entrevista ao Porvir, a professora Petronilha Beatriz Gonçalves, relatora das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais, sugere que professores e estudantes devem sempre se perguntar qual sociedade gostariam de construir a partir da escola.
Em artigo para o Porvir, a educadora Maria da Glória Calado, especialista em relações étnico-raciais na escola, seleciona 10 nomes fundamentais para a educação antirracista.
Baixe o jogo de tabuleiro que estimula a definição de passos para iniciar ou potencializar um trabalho de educação antirracista nas escolas.
Confira uma seleção de materiais didáticos e pedagógicos para combater o racismo na escola.
Projeto “Historinhas do Quilombo” transforma Chapeuzinho Vermelho em Chapeuzinho Afro e reescreve outras histórias clássicas valorizando as crianças e os jovens do território quilombola de Mata Cavalo (MT).
Lançado pela Camino School, material abre diálogo para inserir e fortalecer práticas antirracistas no ambiente escolar.
Publicação gratuita do Instituto Alana feita em parceria com o Porvir traz experiências em escolas, planos de aula e ferramentas.
Crise climática tem escancarado diferentes níveis de impactos na vida das pessoas e a escola é um lugar importante para refletir sobre isso. Confira recomendações para debater o assunto.
O racismo pode acontecer de maneira não intencional, por ser estrutural no país, por isso é importante agir com intencionalidade antirracista.
A lei de Cotas completou dez anos em 2022. Por meio dela, muitas pessoas pretas tiveram acesso à universidade. Em um de seus artigos, a lei prevê uma revisão após uma década de existência. Essa revisão é necessária? O que deve ser modificado?
Neste episódio de O Futuro se Equilibra, podcast sobre equidade na educação, o Porvir conversou com Daniel Teixeira, diretor executivo do CEERT (Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdade) sobre como o cenário no ensino superior mudou e quais os próximos desafios.
Neste episódio bônus, Ruam Oliveira conversa com a infancialista Juliana Prates sobre as intersecções entre classe e raça quando se trata de tecnologia na educação infantil.