O Rio Grande do Sul permanece com duas barragens com risco iminente de ruptura diante das fortes chuvas que continuam a afetar o Estado, de acordo com informações atualizadas pela Defesa Civil gaúcha na tarde desta 2ª feira (13.mai.2024).
De acordo com a escala adotada pela Defesa Civil, o nível de emergência é o mais grave e exige a tomada de providências para preservar vidas. As barragens nessa condição são: a pequena central hidrelétrica de Salto Forqueta, entre os municípios de São José do Herval e Putinga, e a barragem Santa Lúcia, em Jaguari.
Em 5 barragens, o nível é de alerta, quando anomalias comprometem as condições de segurança: a usina hidroelétrica (UHE) 14 de Julho, entre Cotiporã e Bento Gonçalves; a UHE Dona Francisca, em Nova Palma; e as barragens Capané, em Cachoeira do Sul, São Miguel, em Bento Gonçalves, e Saturnino de Brito, em São Martinho da Serra.
Nove barragens continuam em nível de atenção, sem comprometimento no curto prazo, mas exigem monitoramento:
- UHE Bugres – barragem Divisa, em Canela;
- UHE Bugres – barragem do Blang, em Canela;
- UHE Canastra, em Canela;
- PCH Furnas do Segredo, em Jaguari;
- barragem do Saibro, em Viamão;
- barragem A – assentamento PE Tupy, em Taquari;
- barragem Filhos de Sepé, em Viamão;
- barragem do assentamento PE Belo Monte, em Eldorado do Sul; e
- barragem Lomba do Sabão, em Porto Alegre.
A integridade das barragens é monitorada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul. O Estado já chegou a ter ao menos 5 barragens em nível de emergência, mas o número recuou nos últimos dias.
O nível de diversos rios gaúchos tornou a subir em razão das chuvas intensas que voltaram a cair no fim de semana em diversos municípios, incluindo a capital, Porto Alegre. Nesta 2ª feira (13.mai), as precipitações diminuíram, mas os cursos d’água continuam a receber volume significativo de água.
De acordo com a meteorologista Cátia Valente, da Sala de Situação do Rio Grande do Sul, Porto Alegre registrou de 120 milímetros a 180 milímetros na região metropolitana de Porto Alegre de sábado (11.mai) a domingo (12.mai). Na Serra, o volume foi ainda mais intenso, variando de 200 a 320 milímetros. Grande parte dessa água escorre para os rios, e há previsão de novas e severas inundações em regiões como o Vale do Taquari e o Vale do Caí.
De acordo com o balanço mais recente, desde o fim de abril, quando começaram as fortes chuvas no Rio Grande do Sul, ao menos 147 pessoas morreram em consequência dos eventos climáticos e 806 ficaram feridas. Há ainda 127 desaparecidos. O número de desabrigados supera os 80.000, e mais 538.241 estão desalojados.
Com informações da Agência Brasil.