Depois de levar um baque na pandemia, a empresa familiar do empresário e músico, Tiago Lopes, 42, estava voltando a um ponto de equilíbrio. Ele, que é deficiente visual, e seu pai estavam confiantes com o aumento nas vendas fabricante de mesas e cadeiras para bares e restaurantes, e já estudavam investir na estrutura, compra de mais equipamentos e na contratação de mais pessoas. Os planos de Lopes, no entanto, foram interrompidos na última sexta-feira, quando a cidade de Porto Alegre (RS) ficou debaixo d’água.
“Nós recebemos o alerta para sair e, inocentemente, colocamos uma barricada na porta por precaução. Achamos que, se alguma água chegasse até lá, seria impedida de entrar por aquela proteção. No mesmo dia soubemos que o bairro estava submerso e tínhamos perdido tudo”, diz Tiago Lopes, dono da Point das Cadeiras. O local atingido funcionava como loja, fábrica e escritório. A produção também acontecia em fábricas terceirizadas em Bento Gonçalves.
Sem cobertura de seguro e prejuízo de R$ 400 mil
A empresa, de 33 anos, não tinha seguro desde a pandemia. “Na época, para sobrevivermos, precisamos optar por prioridades, e o seguro não era uma delas.” Lopes estima que o prejuízo com a destruição da fábrica chegue a R$ 400 mil.