Campos Neto disse que não pode antecipar novos cortes na taxa de juros e afirmou que é uma prerrogativa da autarquia mudar sua orientação futura quando necessário.
Campos Neto disse que a autarquia precisa “de tempo, serenidade e calma para saber como as variáveis vão se desenrolar” até a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em junho.
“Temos inflação corrente, expectativas de inflação, do Focus e inflação implícita, cenário externo, tema geopolítico que está balançando, o que isso significa para o preço do petróleo, a gente tem o tema do que vai significar a reconstrução do Rio Grande do Sul, sobre a inflação, o crescimento. Não tem uma coisa só”, afirmou.
O BC decidiu na semana passada reduzir o ritmo de afrouxamento monetário, cortando a Selic em 0,25 ponto percentual, a 10,50% ao ano, após seis reduções consecutivas de 0,50 ponto percentual. A decisão significou o abandono da orientação futura dada na reunião anterior do Copom, que previa um corte de 0,50 ponto neste mês.
Para Campos Neto, é importante passar a mensagem de que a reunião da autoridade monetária é técnica e opiniões divergentes fazem parte do processo.
Ele disse que tem reuniões individuais com cada um dos diretores para discussões.