O ex-policial civil, apontado como principal suspeito da morte do delegado aposentado Hudson Maldonado, de 86 anos, se entregou na delegacia de Sete Lagoas, região Central de Minas Gerais, na manhã desta sexta-feira (24 de maio). A informação foi confirmada pelo filho da vítima, que também atua como delegado em Brasília. Maldonado estava acamado quando foi queimado vivo.
De acordo com o familiar, que acompanha o caso desde a notícia da morte, o suspeito está dando depoimento nesta manhã. O filho, que tem o mesmo nome do pai, Hudson Maldonado, informou que o ex-policial civil deve ser encaminhado a um presídio, uma vez que existe pedido de prisão preventiva.
“Ele deve permanecer preso até o julgamento. Eu fico extremamente agradecido à Polícia Civil e à delegacia de Sete Lagoas, extremamente empenhada. Ele (o investigado) se entregou porque percebeu que não havia outra alternativa”, disse.
Maldonado filho lamenta a perda do familiar, principalmente da forma cruel como aconteceu. “Meu pai morreu de uma forma covarde. Estava indefeso”, desabafou. A reportagem entrou em contato com a Polícia Civil e aguarda retorno sobre a atualização do caso.
Motivação seria ‘vingança’
Segundo a PCMG, a suposta motivação do crime seria a exclusão do suspeito, o ex-policial civil, do quadro da instituição por meio de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que contou com a participação da vítima à época. O ex-agente foi expulso após constatação de prática de transgressão disciplinar de natureza grave.
O caso segue sendo investigado pelas autoridades. Segundo a PCMG, a perícia e uma equipe de policiais compareceram ao local do crime nessa quarta-feira (22) e coletaram vestígios para subsidiar as investigações.
O corpo da vítima foi encaminhado ao Posto Médico-Legal do município, onde passou por exame de necropsia e, em seguida, foi liberado aos familiares.
O caso
O ex-delegado Hudson Maldonado, de 86 anos, que também era advogado criminalista, foi queimado vivo dentro de casa em Sete Lagoas, na região Central de Minas Gerais, nessa quarta-feira (22 de maio). A vítima estava em casa com uma cuidadora quando um homem a rendeu, entrou no quarto e ateou fogo.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e encontrou o corpo do ex-delegado carbonizado. As chamas da casa foram controladas antes da chegada dos militares. O imóvel foi isolado pelos agentes e a energia desligada.