No ano passado, o Spotify pagou US$ 9 bilhões à indústria musical. O catálogo de artistas independentes e artistas assinados com gravadoras independentes representou cerca de metade do que toda a indústria gerou no Spotify em 2023. No Brasil, mais de 70% de todas as receitas geradas por artistas brasileiros no Spotify foram de artistas ou gravadoras independentes.
Em 2023, artistas brasileiros foram escutados pela primeira vez por usuários no Spotify quase 10 bilhões de vezes. Pate afirma que o dado positivo ajuda a melhorar a qualidade das entregas dos músicos, já que passam a receber mais por suas músicas, ao serem ouvidos na plataforma, e, consequentemente, têm mais dinheiro para investir em novas produções, atraindo novos consumidores. É um ciclo positivo para o Spotify e os artistas.
Como funciona o pagamento
O Spotify diz que faz o pagamento para os detentores de direitos, que são as gravadoras ou distribuidoras. Eles são os responsáveis por repassar os valores aos artistas. A empresa diz que não há um valor determinado de quanto se paga por cada stream.
A empresa ganha direito com as assinaturas premium e com anúncios na assinatura grátis. “Repassamos cerca de dois terços desse valor [da receita] para os detentores de direitos dentro das convenções e eles fazem o pagamento. Não temos visibilidade a partir do momento que a gente realiza o pagamento”, afirma Pate.
70% [do que repassamos para artistas brasileiros] foram para independentes. Então, é muito significativo que a gente tira essa concentração do topo da pirâmide e comece realmente a distribuir isso pra classe artística descentralizada, de majors, independentes e dos demais gêneros.
Roberta Pate, líder de negócios do Spotify