O Banco do Brasil registrou um crescimento de 8,8% em seu lucro líquido recorrente no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2023, com avanço de dois dígitos na margem financeira bruta e incremento de 46% nas provisões para inadimplência.
O lucro líquido recorrente foi de R$ 9,3 bilhões de janeiro ao final de março, levemente acima da expectativa média do mercado, de R$ 9,1 bilhões, segundo dados da Lseg.
A provisão para devedores duvidosos (PCLD) somou R$ 8,54 bilhões, e a margem financeira bruta, R$ 25,7 bilhões.
O BB anunciou ainda que aprovou a distribuição de R$ 940,6 milhões em dividendos, equivalentes a cerca de R$ 0,165 por ação, e R$ 1,67 bilhão em juros sobre capital próprio complementar, que representa R$ 0,293 por papel. Os valores serão pagos em 21 de junho, informou a instituição.
O banco apurou inadimplência de operações vencidas há mais de 90 dias de 2,9%, ante 2,92% no final de dezembro, mas acima dos 2,62% do primeiro trimestre de 2023.
O movimento ocorreu em meio a um crescimento da carteira de crédito ampliada de 10,2% no primeiro trimestre ante o desempenho de um ano antes, para R$ 1,14 trilhão, puxada pela alta de 15,5% dos financiamentos ao segmento do agronegócio.
O resultado deixou o BB dentro das estimativas para o ano, que preveem alta de 8% a 12% na carteira de crédito e expansão de 7% a 11% na margem financeira bruta.
O lucro anualizado, enquanto isso, está na ponta baixa do “guidance” de R$ 37 bilhões a R$ 40 bilhões, enquanto a PCLD se mostra acima da estimativa para 2024 de R$ 27 bilhões a R$ 30 bilhões.
O Banco do Brasil apurou um índice de eficiência, quanto menor, melhor, de 25,9% no primeiro trimestre, em um desempenho mais positivo que os 28,7% de um ano antes. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido ficou praticamente estável no período, a 21,7%.
Bruno Carazza dá um panorama sobre a economia do RS