Paulo Pimenta fala sobre possibilidade de adiar Enem dos Concursos após chuvas no RS
O ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, afirmou nesta sexta-feira (3) que um possível adiamento do “Enem dos Concursos”, cujas provas estão marcadas para o próximo domingo (5), custaria R$ 50 milhões.
Em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, do Canal Gov, Pimenta acrescentou que os ministros do governo Lula vão se reunir nesta sexta para debater uma “saída jurídica” para o Concurso Nacional Unificado, diante das fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul.
Até as 10h30, a Defesa Civil contabilizava 32 mortos e 74 desaparecidos.
O Ministério da Gestão informou na noite de quinta-feira (2) que o governo decidiu manter a aplicação da prova para este domingo (5) em todos o país, mesmo diante da situação de calamidade no Rio Grande do Sul.
O governo Lula, inclusive, reconheceu estado de calamidade pública na unidade da federação.
No RS, 15 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas em 154 municípios
Após visita do presidente Lula a Santa Maria (RS), o governo federal instalou uma “sala de situação”, que acompanha a situação nas cidades gaúchas. Representantes de 17 ministérios, da Polícia Rodoviária Federal e do Exército participam da reunião.
A reunião monitorar a situação em todo o estado do Rio Grande do Sul. Nesta sexta, parte de Porto Alegre ficaram alagadas.
O governo federal também trata de ações emergenciais humanitárias e das estratégias para levar os insumos necessários aos municípios mais atingidos.
O governo federal solicitou aos ministérios que façam levantamentos dos recursos necessários para cada área, para que seja feito na semana que vem o pedido de um crédito extraordinário para atender o Rio Grande do Sul. O valor ainda vai ser definido.
A sala de situação instalada no Planalto deverá manter as reuniões no fim de semana. O governo federal prepara para próxima semana uma nova visita de comitiva ao estado para avaliar os impactos das enxurradas.
Por causa das chuvas, o governo estadual decretou estado de calamidade, situação que foi reconhecida pelo governo federal.
Com isso, o estado fica apto a solicitar recursos federais para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.
A Defesa Civil afirma que além dos 32 mortos e 6074 desaparecidos, 36 pessoas ficaram feridas. O órgão soma cerca de 14,8 mil pessoas fora de casa, sendo 4.645 pessoas em abrigos e 10.242 desalojados (na casa de familiares ou amigos). Ao todo, 154 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 71,3 mil pessoas.