A alíquota de imposto cobrada sobre veículos vai variar de acordo com a eficiência energética dele. Na prática, um carro que usa mais materiais reciclados ou tem menor pegada de carbono, por exemplo, vai pagar menor imposto do que um que não tem essas características, segundo Rodrigo Petry Terra, especialista em direito tributário e sócio do escritório Almeida Advogados.
É possível que lista de produtos seja ampliada. Gabriel Caldiron Rezende, sócio da área de impostos indiretos do Machado Associados, afirma que apesar de isso não estar expresso no projeto de lei complementar, seria possível ampliar o rol de produtos, inclusive incluindo serviços, sujeitos ao imposto seletivo. Para que isso aconteça, será necessário a aprovação de uma lei complementar.
O projeto de lei complementar estabelece alíquota zero do imposto seletivo em operações com veículos que atendam a critérios de sustentabilidade ambiental, a serem definidos em lei ordinária, e destinadas a taxistas, limitado ao valor do veículo de até R$ 200.000).
Gabriel Caldiron Rezende, sócio da área de impostos indiretos do Machado Associados
Como vai funcionar
O imposto seletivo começa a valer em 2027. A reforma tributária foi aprovada pelo Congresso, que agora precisa avaliar o projeto de lei complementar e definir as regras específicas de cada um dos temas da reforma — inclusive do imposto seletivo.
O imposto seletivo será cobrado apenas uma vez na cadeia. Isto acontece para evitar que haja cobrança do mesmo imposto mais de uma vez, que é o que acontece hoje com o IPI — o imposto é cobrado sobre todos os bens industrializados, então na hora de produzir um refrigerante, há cobrança de IPI sobre o rótulo e depois sobre o produto pronto.