O comunicado não trouxe grandes novidades e tem uma postura conservadora. O cenário afasta a possibilidade de uma taxa de juros no patamar de um dígito em 2024, afirma Abdelmalack.
A decisão do BC é consistente e conservadora, para Rogério Mori, economista-chefe da Davos Investimentos e professor da FGV-SP. Para ele, o corte menor está alinhado com um cenário que se deteriorou nos últimos 45 dias, com a perspectiva de que as taxas de juros nos Estados Unidos permaneçam altas por mais tempo e com a piora do quadro fiscal no Brasil.
O fato de a decisão não ter sido unânime é visto com bons olhos pelo mercado. Isto porque demonstra que há um debate sobre o cenário como um todo, trazendo uma discussão equilibrada, segundo Vinicius Moura, economista e sócio da Matriz Capital.
Próximas reuniões
Como o Copom não disse o que deve fazer na próxima reunião, o mercado espera por cautela. Maykon Douglas, economista da holding de investimentos Highpar, afirma que as sinalizações e alertas sobre a inflação e a política fiscal justificam a retirada da projeção da próxima decisão do Copom. Douglas diz que o quadro de incerteza vai se manter.
O Copom afirmou que vai tomar decisão de acordo com a trajetória da inflação. Para José Marcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos, a afirmação é importante.