O desemprego no País ficou em 7,9% no primeiro trimestre de 2024. O índice representa um aumento de 0,5 ponto percentual na comparação com o último trimestre de 2023, quando fechou em 7,4%.
O dado, que foi divulgado nesta sexta-feira 17 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), diz respeito à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua Trimestral.
Segundo o IBGE, na comparação trimestral, a desocupação cresceu em 8 das 27 unidades da federação. A taxa ficou estável em 18 delas, tendo crescido em apenas uma: o Amapá.
Apesar do número em alta do desemprego, a taxa do primeiro trimestre deste ano, se comparada ao mesmo período de 2023, é mais baixa. Um ano atrás, o índice era de 8,8%.
Por isso, “o crescimento da taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2024 na comparação trimestral não invalidou a maioria dos indicadores do mercado do trabalho na comparação anual”, sintetizou.
Desigualdade
Os números da PNAD Contínua Trimestral divulgados hoje mostram, mais uma vez, que o desemprego afeta de maneira distinta homens e mulheres. Se a taxa for medida apenas para homens, ela alcança os 6,5%. Já para as mulheres, por outro lado, o índice se aproximou dos dois dígitos, ficando em 9,8%.
O desemprego relativamente controlado no Brasil não indica, porém, que a informalidade não seja uma realidade para muita gente que trabalha. Segundo o IBGE, a taxa de informalidade no País ficou em 38,9% no primeiro trimestre deste ano.
Além disso, de toda a população ocupada, 25,4% trabalham por conta própria. São pessoas que contribuem para a massa geral de trabalhadores ocupados, mas exercem seus ofícios sem as garantias previstas em lei, como quando se trabalha com carteira assinada.
O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado, aliás, ficou em 73,9%. Santa Catarina (87,2%), Paraná (81,8%) e São Paulo (81,4%) lideram o quesito. Três estados nordestinos, porém, estão na parte de baixo da lista: Piauí (49,4%), Maranhão (52%) e Ceará (54,9%).
Renda
Os números de hoje mostraram que a população ocupada do País está recebendo maiores rendimentos, quando se compara com o passado recente, embora os números tenham ficado relativamente estáveis.
O rendimento médio habitual no país foi estimado em R$ 3.123 no primeiro trimestre de 2024, crescendo na comparação com o final do ano passado (R$ 3.077) e com o primeiro trimestre de 2023 (R$ 3.004).