Neste Dia Internacional do Museu (18), confira 5 instituições na qual a arquitetura faz parte da experiência cultural:
1. Whitney Museum of American Art
Instituição de arte contemporânea de maior relevância nos Estados Unidos, o Whitney Museum of American Art nem sempre teve esse visual moderno. O museu foi fundado em 1931 pela escultora, socialite e colecionadora de arte Gertrude Vanderbilt Whitney, mas apenas em 2008 passou a integrar o edifício do arquiteto italiano Renzo Piano, localizado no Meatpacking District de Nova York. Antes, a instituição ocupava o Breuer Building, um prédio totalmente fechado.
Essa mudança de sede foi pensada para estabelecer um diálogo entre o museu e a área externa. A arquitetura do novo Whitney permite que o museu esteja sempre aberto: há um andar inteiro sem colunas, completamente conectado e com vários ambientes ao ar livre — configurando um espaço que desafia artistas e visitantes a interagirem com o próprio edifício. “Queremos usar o edifício como material para a arte, e não apenas como um local para a arte. Vemos o edifício como um instrumento a ser tocado”, diz Adam Weinberg, diretor do museu.
2. Casa das Rosas
Como um respiro de arquitetura clássica em meio aos arranha-céus da Avenida Paulista, a Casa das Rosas se mantém praticamente intacta desde 1935, quando foi projetada pelo arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo — quem também projetou a Pinacoteca do Estado, o Teatro Municipal, o Prédio da Light e o Mercado Público de São Paulo. O casarão foi residência até 1986 e, alguns anos depois, o crescimento comercial da região o fez ser ameaçado de demolição. Em 1991, porém, o tombamento da mansão e o título de patrimônio cultural impediu que isso acontecesse.
A Casa se tornou, em 2004, o Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura. Desde então, o espaço se consolidou como um museu que difunde e promove a literatura na cidade de São Paulo, por meio de exposições, cursos, oficinas literárias, palestras, debates, lançamentos de livros, musicais, saraus e peças de teatro. Além disso, a arquitetura do espaço conserva a memória histórica da cidade — o que possibilita a compreensão das transformações urbanas e culturais de São Paulo.
3. Casa Luis Barragán
Em uma pequena rua localizada em um bairro popular na Cidade do México reside uma das obras arquitetônicas contemporâneas mais influentes da América Latina. O local que abrange a Casa Luis Barragán simboliza um aspecto que o museu transmite com a sua arquitetura: a singularidade de uma habitação que resiste às pressões comerciais da dinâmica urbana atual.
Além de museu de arte, a casa em que o arquiteto mexicano Luis Barragán viveu até sua morte é parte do Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2004 — o único imóvel individual da América Latina a receber esse título.
4. Museu da Moeda
Entre o Banco Nacional de Angola e a Baía de Luanda, está localizado o Museu da Moeda, inaugurado em 2015. O espaço já chama a atenção com as grandes esculturas postas ao centro, mas o projeto arquitetônico consegue surpreender ainda mais ao descobrir que o equipamento museológico está guardado abaixo da linha de terra.
Para acessar o acervo, é preciso ir ao subterrâneo — uma ideia pensada para preservar o silêncio e a privacidade que os museus exigem. Na superfície, uma praça urbana é responsável por conectar o museu com a cidade, além de engajar o espaço público.
5. Museu de Arte Islâmica
Por anos, o Museu de Arte Islâmica era o único grande projeto arquitetônico presente em Doha, no Catar. Arquitetado por I.M. Pei, o edifício foi erguido sobre uma estrutura de pedra se eleva sobre as águas.
Em todos os elementos de seu projeto, Pei coloca em destaque a arquitetura islâmica antiga em seu projeto para o museu — assim como em outros trabalhos do arquiteto, como a Mesquita Ibn Tulun, no Cairo. A partir de formas geométricas e vistas panorâmicas sobre a baía, a arquitetura enriquece o acervo de arte islâmica presente no museu.
Compartilhe essa matéria via: