Dirigentes partidários descartam a possibilidade de o projeto que pretende destinar parte do fundo eleitoral para o socorro financeiro do Rio Grande do Sul prosperar no Congresso Nacional. A leitura é que a medida tem adesão apenas de uma ala da oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fontes consultadas pelo Valor avaliam que propostas dessa natureza são politicamente inviáveis e tem ainda menos força em ano eleitoral. Essas matérias devem ficar paradas no Congresso, avaliam lideranças partidárias.
Apenas na Câmara, há quatro texto nesse sentido. Um deles foi apresentado por um grupo de parlamentares alinhados com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e propõe o repasse de 50% do fundo para o Estado gaúcho.
Já no Senado, uma das proposições sugere a transferência de R$ 2,2 bilhões do fundo eleitoral deste ano para o Rio Grande do Sul.
Ainda que a ideia ganhe adesão da opinião pública, presidentes de legendas partidárias explicam que a tendência é que as siglas apoiem o avanço de outras iniciativas já sugeridas pelo Executivo, como a suspensão da dívida do estado com a União e a liberação de recursos para socorrer e reconstruir a região.
O apoio a essas medidas seria a forma encontrada para compensar a resistência aos textos que tratam da destinação de parte dos recursos do fundo eleitoral para a ajuda ao RS.