As enchentes que atingem o Rio Grande do Sul desde o começo de maio e que até esta quarta-feira (22) deixou 161 mortos e mais de 653 mil fora de casa é “um desastre com características especiais”, segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Segundo ela, o motivo é que a recuperação da tragédia vai levar muito tempo, vai demorar para o nível das águas nas cidades atingidas baixar, e que devem aparecer doenças enquanto as pessoas retornam para casa, como leptospirose.
“No kit de emergência que o ministério enviou para os médicos e para os abrigos já tínhamos antibióticos para o tratamento de leptospirose. Mais importante é alertar a população para que, caso tenham sintomas de febre, dor muscular e dor na panturrilha que procurem atendimento. Estamos atendendo nas unidades que estão de pé, nos abrigos e nos hospitais de campanha. Não façam automedicação e procurem imediatamente essas unidades. Os sintomas são suficientes para que os médicos confirmem a doença e orientem a medicação”, disse a ministra ao Estúdio i, da GloboNews.
A ministra também alertou para o aumento de casos de problemas respiratórios e reforçou para que os gaúchos se vacinem. “Estamos vacinando nos abrigos e encaminhamos todas as vacinas para o RS. Nos abrigos, recomendamos vacina de tétano, influenza e Covid, além de hepatite A para as gestantes. Seguimos a vacinação nas comunidades.”
Nísia disse que não há nenhum registro de pessoas que não querem ser vacinadas no Estado.
Outro ponto de destaque para a ministra é a atuação da Força Nacional de Saúde no Rio Grande do Sul, que, segundo ela, não tem prazo para acabar.