Na Alemanha, a agência de inteligência BfV anunciou que o extremismo de extrema direita é a maior ameaça à democracia alemã.
No início do mês, o deputado Mathias Ecke foi alvo de um ataque físico há poucas semanas, enquanto colocava seus cartazes pela cidade de Dresden. O social-democrata teve de ser submetido a uma cirurgia. Naquela mesma noite, membros do Partido Verde também foram atacados, num bairro residencial da mesma cidade.
Um dia antes, Rolf Fliss, o vice-prefeito de Essen, levou um soco no rosto. Em setembro de 2023, um homem atirou uma pedra nos líderes do Partido Verde em um evento de campanha na Baviera. A ex-prefeita de Berlim, Franziska Giffey, também foi agredida por um homem que a golpeou por trás na cabeça com uma bolsa.
Em janeiro, uma multidão impediu que Robert Habeck, vice-chanceler da Alemanha, desembarcasse de uma balsa. Mais recentemente, Katrin Göring-Eckardt, vice-presidente do Parlamento, foi impedida de sair de um evento quando 40 a 50 manifestantes cercaram seu carro.
Um momento considerado como divisor de águas foi quando, em 2019, o deputado conservador Walter Lübcke foi morto por um neonazista por ser favorável à acolhida de refugiados. O caso foi tratado como o primeiro assassinato político de extrema direita na Alemanha desde o final da Segunda Guerra Mundial.
No total, 2,7 mil ataques físicos, verbais e nas redes sociais contra políticos foram registrado em 2023. O número é duas vezes maior que em 2019. Desses, 234 foram ataques fisicamente violentos contra políticos.