Além deles, dois funcionários da clínica veterinária suspeita de fornecer cetamina à família de Djidja foram presos.
Hatus se identificava como personal trainer de Djidja, mas a Associação dos Profissionais de Educação Física e Atividade Motora (Apefam) afirmou que ele não tem registro para exercer a profissão. Nas redes sociais, Silveira se identifica como coach.
Depoimento de ex-namorado
Ex-namorado de Djidja Cardoso presta depoimento em delegacia de Manaus
Conforme apuração da Rede Amazônica, o ex-namorado e personal trainer contou em depoimento à polícia que teria se afastado da ex-sinhazinha e do grupo religioso criado pela família dela após ser advertido por um médico sobre os riscos do uso da cetamina.
Há pouco mais de um mês, a polícia começou a investigar Djidja, o irmão e a mãe, Ademar e Cleusimar Cardoso, por tráfico de cetamina. Segundo o inquérito, os três criaram um grupo religioso chamado, “Pai, Mãe, Vida”, que incentivava o uso da droga para alcançar uma falsa plenitude espiritual.
Bruno, inclusive, tinha uma tatuagem com o nome da seita. Ao se afastar da ex, ele teria coberto o desenho que fez baseado nos ensinamentos da doutrina.
“Ele disse que efetivamente tinha feito a tatuagem durante um dos encontros que foi feito na casa dos investigados, onde eles firmaram compromisso de todos realizarem essa tatuagem. Vi que ele já havia remarcado a tatuagem com outra por cima”, informou o delegado Cícero Túlio.
Segundo as investigações, Bruno estava na casa da ex-sinhazinha no dia em que ela foi encontrada morta. Foi ele quem teria acionado a polícia para comunicar a ocorrência.
Coach disse que ex-sinhazinha aplicou cetamina nele
Já à polícia, o coach Hatus Silveira revelou que a ex-sinhazinha aplicou cetamina de surpresa nele durante uma visita até a casa onde ela morava. Ele prestou, durante duas horas, depoimento à polícia sobre a relação que teve com a família Cardoso, na tarde desta terça-feira (4).
Segundo Hatus, ele foi convidado pela família para ir até a casa pois eles queriam voltar a treinar para recuperar o condicionamento físico. Quando chegou ao local, ele disse que a mãe de Djidja, Cleusimar Cardoso, ofereceu cetamina a ele, que negou.
“Nesse dia que eu fui lá, tinha sete pessoas sentadas na sala, com uma tv escrito ‘Cartas de Cristo’. Quando passei por lá, a ‘dona Cleu’ falou ‘você tem que usar isso, você tem que sair da Matrix’. Eu falei que conhecia esse tipo de droga e que não ia usar”, disse Hatus.
Ele contou que após a oferta, deixou a sala e foi para a cozinha, onde estavam Ademar Cardoso, irmão de Djidja, e a companheira dele, que estava visivelmente debilitada. Enquanto conversava com Ademar na cozinha, Hatus contou ainda que Djidja chegou por suas costas e aplicou cetamina em seu braço sem que ele tivesse consentido.
“Quando eu estava conversando com o Ademar, eu estava de costas e chegaram com a agulha e aplicaram em mim. Muito rápido. Eu falei ‘Não faça isso’. Eu fiquei tonto por uns 15 minutos”, lembrou Hatus
Mãe filmava uso de cetamina
Mãe costumava gravar vídeos da ex-sinhazinha e irmão sob efeito de cetamina em Manaus
As imagens, obtidas com exclusividade pela Rede Amazônica, foram incluídas pela polícia na investigação sobre o caso. Segundo a polícia, as gravações foram feitas na casa onde Djidja foi achada morta, na Zona Norte de Manaus. (Veja no vídeo acima).
O laudo, no entanto, não aponta o que teria levado Djidja ao quadro.
A principal hipótese da polícia é de que a morte da ex-sinhazinha tenha relação com uma overdose de cetamina, substância anestésica que causa efeitos alucinógenos, sensação de bem-estar e tem potencial sedativo quando usado como droga recreativa.
O resultado final da necrópsia e o exame toxicológico devem ficar prontos ainda este mês.
Prima diz que Djidja usava fralda e não conseguia mais se levantar