À procura de novos locais para treinar e jogar, o Inter já tem uma estimativa inicial dos prejuízos causados pela enchente que atingiu suas estruturas em Porto Alegre. O clube avalia que pode gastar R$ 35 milhões com a recuperação do Beira-Rio e do CT do Parque Gigante, além de despesas com viagens, hospedagem e alimentação durante o período longe de casa.
Vice-presidente do Inter fala sobre estragos para reparos em CT e Beira-Rio após enchente
Para efeito de comparação, esse montante supera o que foi investido pelo clube para comprar o atacante Rafael Borré na atual temporada. O Colorado desembolsou o 6,2 milhões de euros (R$ 34,39 milhões na cotação atual) para tirar o colombiano do Eintracht Frankfurt, que serão pagos em três parcelas anuais.
– Nesse momento é muito difícil a gente ter assertividade em relação a valores. Mas esse número de R$ 35 milhões é uma ordem que a gente pode chegar incluindo esses custos operacionais extras que a gente vai ter não podendo jogar no Beira-Rio. Temos que avaliar o que aconteceu lá no CT e depois mensurar a questão de equipamentos. Então, sim, esse é um valor que podemos chegar — explicou o vice-presidente colorado, Victor Grunberg.
Gramado do estádio do Beira Rio volta a aparecer após alagamento
Além das reformas necessárias no estádio e no CT, os valores compreendem também reparos no ginásio Gigantinho e no CT Morada dos Quero-Queros, em Alvorada, na região metropolitana. A casa das categorias de base também foi afetada por alagamentos, embora de menor intensidade.
O CT Parque Gigante, local de treinos do grupo de Eduardo Coudet, ainda está tomado pelas águas 14 dias depois do início da cheia do Guaíba. O temor é de de perda total. Os gramados do complexo estão condenados. As áreas administrativa e da academia foram atingidas, mas somente após a água baixar o clube vai avaliar a real extensão dos prejuízos.
Centro de treinamento do Inter segue debaixo d’água em Porto Alegre
A maior quantia deve ser destinada ao Beira-Rio. Além do gramado, que precisará ser replantado, o primeiro nível do estádio foi atingido pelas águas, danificando toda a instalação elétrica, museu, vestiários, equipamentos elétricos e também eletrônicos.
Antes de tudo isso ser reparado, o estádio terá de passar por uma limpeza completa para evitar o risco de transmissão de doenças e pode ficar inoperante por até 90 dias. A previsão para a retomada dos treinamentos do grupo no Parque Gigante é ainda mais pessimista: até 120 dias ou mais.
– A gente imagina que, dentro de 30 dias, talvez 45 dias, a gente consiga fazer essa limpeza do estádio e a reconstrução da parte de mobília, parte elétrica. A gente sabe que esse mercado vai estar muito demandado, tem muita gente precisando reconstruir – diz Grunberg.
– Então, a gente estima um prazo de 45, até 90 dias para que essas áreas sejam reconstruídas. E o nosso CT, quando a água baixar, para que a gente consiga mensurar o que aconteceu lá, talvez esse prazo seja de até 120 dias ou mais – acrescenta.
Durante todo esse período longe do Beira-Rio o clube terá que arcar com custos operacionais extras para jogar ou mesmo treinar em outros locais. As despesas incluem alimentação e hospedagem dos profissionais, além de gastos com viagens. A ideia da direção é pleitear alguma compensação da CBF para suportar essas despesas.
Nos últimos dias, o Inter foi procurado por outras equipes, que colocaram suas estruturas de treinamento e estádios à disposição do clube. Até o momento, porém, não definição sobre essa questão. Com a calculadora na mão, o Colorado trabalha para equacionar as contas e encontrar uma nova casa para um restante de temporada que promete ser atribulado.
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