Esse acordo não afeta a operação da companhia. É vida normal, sem impacto para clientes, fornecedores e colaboradores. Pelo contrário, o alívio do fluxo de caixa dá mais flexibilidade para a empresa negociar com fornecedores e aproveitar as oportunidades de negócio que aparecerem.
Renato Franklin, CEO do Grupo Casas Bahia
Setor em crise
O Grupo Casas Bahia não está sozinho. Recentemente, inúmeras redes renomadas do comércio brasileiro fecharam as portas, entraram em processos de recuperação ou decretaram falência. Os casos de maior destaque envolvem Americanas, Marisa, o supermercado Dia e a rede de móveis e decoração Tok&Stok.
Juros elevados ainda são entrave. Mesmo com a redução em 3 pontos percentuais nos últimos sete meses, a taxa Selic ainda é uma barreira para o setor. Segundo especialistas, o reflexo da queda da taxa de 13,75% para 10,75% ao ano ainda é pouco significativa para a ampliação do volume de compras.
Os indicadores de desempenho vêm mostrando reiteradamente o enfraquecimento das atividades varejistas, principalmente a comercialização de bens duráveis e semiduráveis. A taxa de juros na ponta é a principal responsável por essa condição.
Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo
A pandemia é lembrada como uma das origens da situação atual. Os analistas do setor relatam que as medidas de isolamento social impostas para frear o avanço do coronavírus fizeram com que os consumidores migrassem para o ambiente das compras virtuais. O cenário coincide com um momento de expansão do setor, quando a Selic caminhava rumo aos 2% ao ano, o menor nível da história.