No próximo 9 de maio, será celebrado em todo o mundo o Dia Internacional da Educação Católica. A data foi instituída em 2002 pela Organização Internacional de Educação Católica (OIEC), durante a Solenidade da Ascensão do Senhor no calendário romano geral, que é lembrado 40 dias após a Páscoa.
Dentre outras coisas, a data serve como um lembrete sobre a importância das instituições educacionais católicas no mundo todo. A Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC) lidera as celebrações no Brasil, destacando o compromisso dessas instituições com a excelência educacional e o desenvolvimento social.
Em 2024, o Dia Internacional da Educação Católica terá como tema: “Educação Católica: fermento de fraternidade para uma nova sociedade”. A ideia é enfatizar o trabalho silencioso, mas eficaz das instituições educacionais católicas, conforme explica Pe. João Batista Gomes de Lima, presidente da ANEC.
Para marcar a data, a ANEC promoverá uma live com o tema “Educação católica: fermento de fraternidade para uma nova sociedade”, na qual será enfatizado papel transformador da educação católica na promoção de valores de amizade social e paz. O bispo de Rubiataba-Mozarlândia, dom Francisco Agamenilton, e membro da Comissão Episcopal para a Cultura e a Educação da CNBB participa da abertura.
Uma das missões do evento é dar visibilidade ao trabalho de todas as pessoas que atuam à frente das instituições educacionais católicas e divulgar seus resultados e qualidade comprovados tanto na educação formal quanto na qualificação integral do ser humano.
O impacto da Educação Católica no Brasil
No Brasil, a Educação Católica tem uma história secular que se funde com a própria colonização do país. O processo de evangelização e educação, que foi avançando, acabou culminando com a fundação da Associação de Educação Católica (AEC) em 1945. A entidade incorporou a então Associação Brasileira de Escolas Superiores Católicas (ABESC) e a Associação Nacional de Mantenedoras de Escolas Católicas do Brasil (ANAMEC), gerando assim a Associação Nacional de Educação Católica do Brasil (ANEC), em 2009.
Atualmente, a ANEC conta com números expressivos: atua em 900 municípios brasileiros, representando 83 Instituições de Educação Superior Católicas (IES), 1.050 escolas e 11 hospitais, acompanha 172 obras sociais, tem mais de 1 milhão de alunos e conta com mais de 200 mil profissionais, em cerca de 350 mantenedoras
Os números mostram o quão essencial é o trabalho da ANEC e, particularmente, das instituições de ensino católicas. Pe. João afirma que, além da formação cidadã, estas entidades produzem conhecimento científico através de pesquisas e estimulam a inovação.
“Os resultados da educação superior e básica mostram o relevante e imprescindível serviço prestado pela pelas instituições de ensino católicas ao país. As universidades e os colégios católicos se tornaram referências e sinônimos de qualidade e trabalho sério”, pontua o presidente da ANEC, padre João Batista.
Segundo a pesquisa inédita “O Impacto da Educação Católica para a Sociedade Brasileira”, desenvolvida pela Câmara de Mantenedoras da ANEC, as instituições católicas oferecem um retorno financeiro ao Estado.
A cada R$ 1 de imunidade tributária, a educação católica retorna R$ 24 por meio de investimento direto das Mantenedoras de Educação Básica e Superior no país. Em 2023, as instituições filantrópicas brasileiras receberam cerca de R$ 2 bilhões de imunidade tributária e o retorno em investimento direto foi de R$ 38 bilhões.
Os universitários das IES católicas também conseguem resultados em média 15% maior do que os de instituições de Ensino Superior públicas e privadas no Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD).
O estudo da ANEC mostra ainda a excelência dos indicadores de escolas católicas de Educação Básica. Alunos de escolas católicas que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2019 — último ano em que houve a divulgação em formato de microdados — tiraram notas de redação quase 20% maiores na média, em comparação com alunos de outras escolas privadas e públicas.
Além disso, as escolas católicas são referência no acompanhamento de estudantes com deficiência, com reconhecimento nacional sobre seu compromisso com a inclusão e a diversidade.
Qualidade é destaque em levantamento do MEC
No caso do Brasil, a qualidade das instituições é verificada desde a educação infantil até o ensino superior. No caso deste último, levantamentos como o Ranking Universitário da Folha (RUF) 2023 atestam essas virtudes. Segundo o RUF, sete das dez melhores universidades privadas do país são católicas. Por ordem (da maior nota geral para a menor), são elas: PUCRS, PUC Rio, PUCPR, Unisinos, PUC Minas, PUC-SP e PUC-Campinas.
O Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), que é um dos indicadores da qualidade do ensino superior medida pelo Ministério da Educação (MEC), também aponta para o bom desempenho das Instituições de Ensino Superior (IES) católicas. São várias as notas 4 e 5 (melhor avaliação) das IES católicas.
Na educação básica, as instituições católicas contam com inúmeros estudantes premiados anos após anos em Olímpiadas do Conhecimento. Em 2023, estudantes da instituição foram premiados na Olimpíada Canguru de Matemática Brasil, Olimpíada Brasileira de Biotecnologia (OBBiotec), Olimpíada Nacional de Ciências, Olimpíada Brasileira de Ciências Humanas, Olimpíada Brasileira de Investimentos, Olimpíada Brasileira de Química Júnior e mais.