Veja mais
Uma pesquisa do instituto Genial/Quaest aponta que mais da metade dos eleitores acreditam que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não merece ganhar um novo mandato na eleição presidencial de 2026. O levantamento mostra ainda que o petista tem uma intenção de voto maior do que a do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado como um possível sucessor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível. Porém, entre os que o conhecem, o governador teria mais votos do que o petista.
Ao todo, foram entrevistadas 2.045 pessoas em 120 municípios com mais de 16 anos entre os dias 2 e 6 de maio. O nível de confiabilidade da pesquisa é de 95%, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais.
Para 55% dos entrevistados, Lula não merece um segundo mandato em 2026, ante 42% que afirmam que o petista deve ter mais uma chance. Outros 3% não souberam responder. Nesse quesito, o melhor desempenho do presidente foi no Nordeste (60% a 38%), e o pior, no Sudeste (33% a 63%). Na Região Sul, 39% dariam uma nova oportunidade a Lula, ante 59%. No Centro-Oeste, 37% acreditam que ele faz jus a um novo mandato, com a oposição de 58%.
O desempenho de Lula é melhor entre as mulheres, com 45% das entrevistadas afirmando que ele merece a reeleição contra 52% de contrárias. Entre os homens, o apoio ao presidente é de 38% contra 59%.
Lula também tem apoio maior entre eleitores com mais de 60 anos, faixa em que tanto os que dizem que ele merece uma nova chance quanto os que afirmam que não estão em 48%. Na faixa etária entre 35 e 59 anos, 40% dariam uma nova oportunidade ao presidente, com 57% contrários. Entre os jovens, apenas 39% dizem que Lula merece um novo mandato, contra 57% que afirmam o oposto.
Veja mais
O suporte a Lula também vai caindo conforme aumenta a escolaridade do eleitorado. Entre os que têm até o ensino fundamental, são 54% os favoráveis a um novo mandato, ante 36% entre quem tem o ensino médio completo ou incompleto e 32% com pelo menos o ensino superior incompleto. A rejeição à reeleição de Lula nessas faixas é de 44%, 61% e 63%, respectivamente.
O fenômeno se repete no critério de faixa de renda. A reeleição de Lula agrada a 54% dos que recebem até 2 salários mínimos (com 43% contrários); 40% dos que ganham entre dois e cinco salários mínimos (57% contrários) e 29% dos que recebem mais do que cinco mínimos (66% contrários).
Entre os que votaram em Lula no segundo turno em 2022, 74% afirmam que ele merece um segundo mandato, ante 23% que pensam o oposto. Já entre os eleitores de Bolsonaro, 93% rejeitam essa hipótese, contra 6% favoráveis a Lula.
Ao todo, 47% dos entrevistados admitiram votar em Lula, ante 49% que recusaram essa hipótese. O ex-presidente Jair Bolsonaro é o mais rejeitado entre os nomes apresentados aos eleitores, com 54%, ante 39% que disseram que votariam nele.
A rejeição ao petista também é menor do que a do antecessor (49%), a do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (50%) e a da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (50%).
“Embora ainda esteja distante, a eleição de 2026 já começa a se desenhar. Lula terá que ganhar a confiança da maioria para merecer mais uma chance. Os nomes da oposição trabalham para ganhar conhecimento”, avalia o diretor da Quaest, Felipe Nunes.
Lula x Tarcísio
Apontado como possível candidato em 2026, Tarcísio de Freitas aparece com uma rejeição de 30%, ante 28% que afirmam que votariam nele. O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), aparece com rejeição de 27%, com 21% admitindo votar nele. Já o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), tem rejeição de 25%, mas 16% não descartam apoiá-lo. Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás, tem 10% de eleitores que admitem votar nele, ante uma rejeição de 24%.
Também citada na pesquisa, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, aparece com 10% de possibilidade de voto e 34% de rejeição.
Para 28% dos entrevistados, Michelle Bolsonaro seria a melhor candidata para enfrentar Lula, caso o ex-presidente não possa concorrer. Tarcísio vem na sequência, com 24%, seguido por Ratinho Júnior (10%), Zema (7%) e Caiado (5%).
Caso Bolsonaro escolha Tarcísio para concorrer, ele teria hoje 40% dos votos, contra 46% de Lula. Os votos em branco ou nulo somariam 8%, e outros 6% não souberam responder.
Mas Lula venceria Tarcísio apenas no Nordeste, com 66% dos votos contra 25%. O petista seria derrotado no Sudeste (39% a 45%), no Sul (41% a 46%) e no Norte e Centro-Oeste (40% a 43%).
As mulheres também votariam majoritariamente em Lula, com 50% a 33% de Tarcísio. Já entre os homens, o governador de São Paulo teria 46% dos votos, contra 43% de Lula. O petista também venceria Tarcísio com 58% a 27% dos votos entre os eleitores com renda até dois salários mínimos, perdendo nas demais faixas.
Veja mais
Entre os católicos, 54% votariam em Lula contra 34% de apoio a Tarcísio. Entre os evangélicos, essa proporção se inverte, e o governador venceria com 50% dos votos a 33%.
Já entre os eleitores que conhecem Tarcísio, ele teria 50% dos votos, ante 41% do petista. Já entre os que desconhecem o governador, Lula vence com 55% a 24% dos votos.
