Tem uma tese dele, um manuscrito dele, sobre a operação Mãos Limpas, uma análise que foi feita na Itália, ele queria reproduzir aquilo e ele dizia lá: é preciso pressionar via mídia, é preciso atacar os políticos, é preciso fazer aliança assim e assado. Tinha todo um roteiro político naquilo. Kennedy Alencar
Kennedy relembra que Moro e Dallagnol tentaram investigar os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes e Dias Toffoli durante a operação Lava Jato.
Ele foi pedir água pro Gilmar Mendes. Ele trocou ataques com o Gilmar Mendes. Ele acusou, lançou suspeitas sobre decisões que o Gilmar Mendes tomou como ministro do Supremo Tribunal Federal. Depois pediu desculpa, disse que não era bem aquilo, que não queria ofender, mas atacava muito o Gilmar Mendes. O Moro e o Dallagnol procuraram investigar o Gilmar Mendes, o Toffoli, durante a Lava Jato. Isso fez com que muita coisa mudasse no Supremo antes da ‘Vaza Jato’, que expôs ali, de uma vez por todas, todas as entranhas da Lava Jato e como ela se misturou com política, no caso, para perseguir os políticos, perseguir adversários. Kennedy Alencar
Segundo Kennedy, o presidente Lula não se empenhou pela cassação de Moro, apesar do PT ter sido um dos partidos que deram início ao processo contra o senador no Paraná.
O Lula não se empenhou pela cassação do Moro, com toda a raiva que o Lula tem e a mágoa que o Lula tem em relação ao Moro. Ele verbaliza muito isso em relação a Lava Jato, mas em relação ao Moro ele não se empenhou, apesar de o PT ter sido um dos dois partidos que pediram, deram início ao processo contra o Moro lá no Paraná, o PT do Lula e o PL do Bolsonaro, ambos os partidos o questionaram. Kennedy Alencar
Kennedy explica que Moro optou por utilizar uma estratégia diferente de Deltan Dallagnol, e evitou embates com o judiciário.