Uma mulher de 55 anos, que reside em Contagem, na Grande BH, registrou um boletim de ocorrência para denunciar que foi vítima de estupro coletivo na noite do último sábado (18/5), quando ela se deslocava para um show de samba no estádio do Mineirão.
Conforme registro da ocorrência, por volta das 21h30, ela desembarcou de um ônibus nas proximidades do estádio e começou a andar em direção ao evento, momento em que pediu informação para três homens e uma mulher. O grupo teria dito que ela poderia ir com eles, pois todos estavam indo para o mesmo local.
Em depoimento à polícia, a mulher relatou que apenas se lembra de um dos homens colocar a mão em seu ombro, não se recordando com precisão do que teria acontecido depois, pois perdeu a consciência.
Em entrevista ao Estado de Minas, uma filha da vítima, que pediu para não ter o nome publicado, aponta que, possivelmente, a mãe foi dopada com alguma substância. “Ela estava com um copo térmico na mão, e a mulher, acompanhada desses três homens, perguntou o que ela estava bebendo. Ela respondeu que bebia cerveja, mas que já havia acabado. A mulher, então, atravessou a rua, comprou outra e despejou no copo dela”, relata.
Ainda segundo a filha, a vítima se lembra de ouvir um deles dizendo: “Apaga ela”. Outro homem teria respondido: “Acho que não vai precisar”.
À polícia, a vítima disse que acordou caída em uma calçada e seminua na Avenida Presidente Antônio Carlos, no Bairro Lagoinha, conforme localização do GPS, no início da madrugada de domingo (19/5), por volta de 1h. Nenhum pertence foi levado.
A vítima chamou um carro de aplicativo e foi para casa, onde acionou a Polícia Militar (PM). Os militares orientaram que ela não tomasse banho para realizar o exame de corpo de delito e, assim, preservar os possíveis vestígios. Uma viatura da PM a conduziu até o Hospital Municipal de Contagem. Exames foram feitos na unidade, e os resultados ainda não ficaram prontos. A Polícia Civil investiga o caso.
‘Queremos justiça’
De acordo com a filha, a mãe segue fragilizada com o ocorrido. “Ela ainda está com muito medo e não queria que o caso fosse parar na mídia, mas nós, como família, a convencemos. Só queremos justiça e que a polícia encontre os criminosos que fizeram isso com ela, porque foi um ato muito cruel”, finaliza.