A demissão de Jean Paul Prates estava decidida fazia tempo. Magda Chambriard é próxima das petroleiras privadas
O descontentamento de Lula com a demora na execução de um conjunto de demandas consideradas fundamentais para fazer a companhia retomar a autossuficiência em derivados de petróleo, concretizar a transição energética e funcionar como motor do crescimento econômico foi o motivo, não explicitado, da demissão de Jean Paul Prates da presidência da Petrobras, na segunda-feira 24. Ele deixou o cargo após divergências em série com o presidente da República e os ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, seu superior hierárquico, e da Casa Civil, Rui Costa, ambos interessados em aumentar sua influência nos rumos da empresa.
O ponto culminante das desavenças foi a diferença entre as posições de Silveira, favorável à retenção da totalidade dos 44 bilhões de reais de dividendos extraordinários do primeiro trimestre para investimentos futuros, e de Prates, que defendia a distribuição de 50% desse valor aos acionistas, posição que prevaleceu mais tarde, influenciada pela visão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mobilizado pela necessidade de o governo recuperar receitas para cumprir as metas fiscais. Com o desfecho, o Tesouro receberá cerca de 6 bilhões referentes aos dividendos.
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