Corte lançou campanha para estimular a participação feminina nas eleições; sessão desta 5ª feira (9.mai) contou com 4 mulheres na bancada do TSE
O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, defendeu nesta 5ª feira (9.mai.2024) a melhoria de condições para aumentar a participação de mulheres na política. Deu a declaração durante o lançamento de uma campanha da Corte Eleitoral para estimular candidaturas femininas.
Segundo Moraes, a sessão desta 5ª feira (9.mai) é histórica no TSE em razão da presença das ministras substitutas Edilêne Lôbo e Vera Lúcia Santana Araújo, as primeiras mulheres negras a ocuparem a Corte Eleitoral. Ele afirma que é um avanço na Corte Eleitoral e disse que o Tribunal sempre foi mais diversificado em relação aos demais.
No entanto, o presidente do TSE destacou que ainda há uma desigualdade de gênero na política brasileira e afirmou que a Corte atua de forma “contundente” para promover uma melhora nesse cenário.
“Nós temos na Câmara dos Deputados somente 17,5% de participação feminina. Já é um avanço. Na 1ª eleição após a redemocratização, esse número correspondia a 5%, mas nós precisamos garantir a igualdade de condições nessa disputa. Vejam que, de 190 países, só 4 têm mais mulheres do que homens nos parlamentos. De 190 países, em 136, inclusive o Brasil, as mulheres não representam ainda nem 1/3 dos parlamentos. Há necessidade desse avanço e nós temos certeza que a Justiça Eleitoral continuará contribuindo para efetivar essa igualdade constitucionais”, declarou.
O lançamento da campanha é uma das últimas ações de Moraes no TSE. O ministro deixa a Corte Eleitoral em 3 de junho, quando completa 4 anos de mandato. Assumirá a ministra Cármen Lúcia que, ao lado do ministro Kassio Nunes Marques, comandará as eleições municipais de outubro deste ano.
Durante o lançamento da campanha, Cármen afirmou que diversas candidaturas femininas são desestimuladas pelo discurso de ódio.
“Há mulheres extremamente desestimuladas por essa prática perversa de um discurso de ódio que contra nós diz respeito sempre a uma desmoralização pessoal, sexual, que atinge o parceiro, que atinge a filha e o filho, que desestimula até mesmo aquela mulher que teria vontade e vocação para participar da política para não se dispor a participar para não ser alvo desse tipo de odiosa e criminosa prática”, declarou.