Metano é gerado na própria fazenda. Jildo Osmar Maram, gerente de pós-venda na Gás Futuro, é outra ponta dessa cadeia e faz a conexão logística do metano para o cliente. “A própria fazenda gera seu gás de alguma matéria orgânica. A gente pega o gás no ponto em que é produzido e transporta até o campo para fazer o abastecimento de equipamento. Tem a modalidade de compra, tem a locação. O sistema que desenvolvemos com a New Holland é modular, conforme a necessidade do cliente”, conta Maram.
Elétricos e híbridos
O trator elétrico da New Holland ainda é um modelo conceito, diferente do movido a metano, que já está à venda por encomenda. Mas Perelli diz que existe demanda crescente por causa do aumento no uso de placas voltaicas. “O Brasil tem o maior volume de usinas hoje, então a geração é monstruosa. Tem muita gente que tem a parte fotovoltaica nas fazendas, a energia está ali disponível”, diz o especialista. A expectativa é que a máquina seja comercializada em até três anos, mas para atender um grupo específico de força de produção.
“Até 130 cavalos [de potência], vamos trabalhar com elétrico. Acima disso e até 300 cavalos, com biocombustível, biometano. Acima de 300 cavalos, que é um trator gigante e chega até 645 cavalos, a gente vai trabalhar no sistema híbrido, porque o armazenamento é difícil de fazer”, adianta Perelli. O modelo híbrido da empresa ainda está em projeto.
Outra que vem apostando na energia limpa é a XCMG Brasil. É integrante do grupo chinês que lançou nesta Agrishow três veículos 100% elétricos: a mini escavadeira XE55DA, a escavadeira XE270E e o caminhão bitruck E7-29R. “A XE55DA reúne inovação, potência e durabilidade para elevar o padrão em escavação e construção”, destaca Renato Torres, diretor comercial da XCMG Brasil. No caso do caminhão E7-29R, o diferencial é que a máquina funciona com baterias, permitindo substituição mais rápida que o processo de recarga comum.
Na TMA, o transbordo VTX 5022, um dos campeões de venda da marca, agora tem duas versões: uma com propulsor elétrico e outra com transmissão hidráulica. No hidráulico, pode ser puxado por um trator de menor porte, com economia de quase 50% no uso do diesel (o consumo passa 11 litros por hora de trabalho para 5,6/6 litros).