Doar não se resume a abrir mão de recursos financeiros, mas de cultivar uma mentalidade de generosidade e solidariedade em relação aos outros. Este quarto pilar nos lembra que sempre podemos encontrar maneiras de contribuir para o bem-estar dos outros e para o avanço da sociedade como um todo. E os brasileiros estão dando um show de criatividade e empenho para encontrar formas de contribuir com o Rio Grande do Sul.
O caos instalado em terras gaúchas resgata a essência da educação financeira, que significa a capacidade de resolver problemas com os recursos disponíveis. As doações financeiras são muito bem-vindas, mas precisamos destacar o que é essencial à vida: a água potável, o cobertor, o remédio, a parafusadeira e o alicate de cutícula que repõem os instrumentos de trabalho do marceneiro e da manicure que tiveram suas casas destruídas pela enchente. Sem subestimar a importância do tempo de profissionais que se dedicaram a criar aplicativos que apoiam a logística e o acesso à informação e a priorização de consumo de produtos gaúchos.
Ao praticarmos a arte da doação, não apenas ajudamos a construir comunidades mais fortes e resilientes, mas também fortalecemos nossa própria conexão com os valores fundamentais. Refletir sobre o que podemos fazer para ajudar o próximo revela para nós mesmos o tanto de recursos que temos. Doar não apenas enriquece a vida daqueles que recebem, mas também enriquece a nossa própria vida, nos lembrando da nossa capacidade de fazer a diferença no mundo exercitando a empatia e a compaixão.
À medida que reconhecemos e exploramos os recursos que temos, se torna impossível não celebrar nossas conquistas. A celebração, como quinto pilar da educação financeira, nos lembra da importância de reconhecer e valorizar nossas próprias vitórias, grandes e pequenas. Olhar para a nossa evolução comprova a nossa capacidade de nos reerguer e crescer. Ao comemorar nossas realizações, cultivamos uma mentalidade positiva e de gratidão em relação ao nosso progresso e às oportunidades que temos de impactar positivamente o mundo ao nosso redor.
Hoje, com minha terra natal devastada, eu comemoro a capacidade humana de se unir em tempos difíceis e fazer a diferença na vida dos outros. Eu agradeço cada ato de doação e destaco a força do povo brasileiro. Essa ajuda não apenas alivia o sofrimento imediato da população gaúcha, mas também destaca a importância de estender a mão para aqueles que estão em necessidade. Juntos podemos construir um futuro mais brilhante e mais justo para todos. “Não está morto quem peleia”, o Rio Grande do Sul irá se reerguer com o apoio de cada um de nós. Por favor, sigam ajudando.