Se a gente conseguisse passar para o investidor estrangeiro uma organização melhor nessa judicialização desenfreada que tem, acho que ajudaria muito.
Gustavo Ribeiro, vice-presidente da Hapvida
O Brasil deve buscar por estabilidade para atrair mais investidores. Bruno Ferla, vice-presidente jurídico, compliance e relações internacionais da BRF, afirma que é preciso ter estabilidade política, tributária, monetária e também em relação a taxa de juros, que é determinante na hora de tomada de decisão de investimentos. Em momentos de juros altos, a tendência é que o país receba mais investimento no mercado financeiro, o que não é tão interessante, para Ferla.
Sempre que tem uma taxa de juros elevada acabamos atraindo o investimento estrangeiro que não é desejavel, que é o investimento para o mercado financeiro pura e simplesmente. A empresa vai emprestar para o governo e não vai injetar dinheiro na economia para gerar emprego, gerar valor, valor agregado, bens de consumo.
Bruno Ferla, executivo da BRF
Preocupação com o equilíbrio das contas públicas é fundamental. Isaac Sidney, presidente da Febraban, afirma que o Brasil dá passos em direção ao controle das contas e que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, está comprometido com a agenda, mas que é preciso manter o foco neste objetivo para melhorar ainda mais o ambiente de negócios.
É preciso que o Brasil continue absilutamente focado em fazer com que as suas despesas caibam no orçamento. Investmentos não convivem com desequilíbrio fiscal, com desequilíbrio das contas públicas.
Isaac Sidney, presidente da Febraban
As mudanças constantes na carga tributária têm um forte impacto nos negócios. É o que diz Gustavo Werneck, presidente da Gerdau, que afirma que de 2023 para 2024, a empresa teve um aumento de 13% em carga tributária, pagando R$ 250 milhões a mais de impostos de um ano para o outro. Werneck afirma que é importante olhar para o equilíbrio fiscal e para a recomposição de receitas, mas que a previsibilidade da tributação é essencial para atrair investimento.