Após duas tentativas fracassadas, em menos de dois anos, o governo tentará novamente conceder a BR-381 em Minas Gerais para a iniciativa privada.
O novo edital de concessão, para um trecho de 304 quilômetros entre Belo Horizonte e Governador Valadares (MG), deverá ser publicado nesta sexta-feira (17) no Diário Oficial da União (DOU).
O edital já foi aprovado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), com uma série de ajustes feitos depois dos dois leilões em que nenhuma empresa apareceu.
Na primeira tentativa, em fevereiro de 2022, a concorrência foi suspensa dias antes de ocorrer. Na época, o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) percebeu que não haveria interessados.
Em novembro de 2023, já no governo Lula (PT), o leilão chegou a ser levado adiante. Apesar de mudanças no projeto, não houve apresentação de propostas.
A BR-381/MG é conhecida popularmente como “rodovia da morte” por causa dos elevados índices de acidentes fatais. Trata-se de uma estrada altamente sinuosa, com muitos trechos montanhosos e com pouquíssimos pontos duplicados.
Uma nova pista para melhorar as condições de tráfego é prometida — com recursos públicos ou privados — desde o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), no fim dos anos 1990.
Desta vez, para diminuir os riscos da concessão e atrair potenciais investidores, o Ministério dos Transportes providenciou mudanças no projeto.
Uma delas foi deixar nas mãos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) a responsabilidade pela duplicação de pouco mais de 30 quilômetros. Assim, a futura concessionária ficará com menos obras para executar.
No novo projeto, estão previstos investimentos da ordem de R$ 5,5 bilhões e R$ 3,7 bilhões em serviços operacionais ao longo do contrato, com 30 anos de duração.
As principais melhorias na BR-381/MG, segundo o ministério, serão as seguintes:
- 134,7 km de duplicações
- 83 km de faixas adicionais
- 9,7 km de vias marginais
- 20 passarelas
- 15 passagens de fauna
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