As classificações a respeito da economia estão mais negativas do que positivas nos 34 países pesquisados em estudo elaborado pelo Pew Research Center. O levantamento foi meio em meio à estagnação do comércio global e o lento crescimento econômico em todo o mundo.
As percepções mais negativas foram registradas na Argentina, Gana, Nigéria, Coreia do Sul, Tunísia e Turquia. Em cada um destes países, mais de oito em cada dez dizem que a sua economia está ruim, sendo que mais de quatro em cada dez afirmam que sua economia é muito ruim.
Os adultos ouvidos em boa parte dos países europeus se mostraram pessimistas com suas economias, incluindo três quartos ou mais dos entrevistados em França, Grécia, Itália e Reino Unido, e o mesmo ocorrendo em menor proporção na Alemanha, Hungria e Espanha.
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Já as percepções positivas foram apuradas pela maioria dos entrevistados de países como Bangladesh, Índia, Malásia, México, Países Baixos, Filipinas e Cingapura.
Cerca de um terço dos indianos entrevistados afirma que a economia em seu país é muito boa – um dos maiores resultados dentre os países pesquisados, como mostra o gráfico abaixo.
Mudanças recentes
Segundo o levantamento, 11 países apresentaram melhoras em suas classificações econômicas desde o ano de 2023.
Um exemplo citado é a Polônia, onde as classificações positivas saltaram de 33% para 53% – tal resultado se deve às eleições de 2022, que destituiu o partido que estava no poder (PiS) desde 2015. A mudança de governo levou a União Europeia a liberar US$ 149 bilhões em recursos retidos para o país durante o período da pesquisa.
Outros aumentos significativos em num único ano também ocorreram no Brasil, França, Hungria, Índia, Japão, Quénia, Países Baixos, África do Sul, Espanha e Suécia.
Os únicos países com queda em seus prognósticos econômicos foram Nigéria e Alemanha, onde as quedas foram de 14 e 8 pontos percentuais, respectivamente.
Os nigerianos, que viram a sua economia passar da maior de África em 2022 para a quarta maior este ano, enfrentam uma taxa de inflação elevada em quase 30 anos, de 29,9%.
No caso da Alemanha, o ministro da economia do país delineou previsões de crescimento especialmente baixas para 2024 (0,2%), citando o impacto da invasão da Ucrânia pela Rússia.
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