Porto Alegre terá um espaço exclusivo com vigilância privada para crianças e mulheres. Isso ocorre após registros de casos de estupro que teriam acontecido em abrigos. De acordo com o jornal O Globo, seis suspeitos pelos crimes foram presos.
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O anúncio foi feito na noite de quinta-feira (9) pelo prefeito Sebastião Melo (MDB) em coletiva de imprensa. O local será instalado durante o fim de semana no Foro Regional do Partenon, na Zona Leste, por meio de parceria com entidades do Poder Judiciário.
Área alagada em Porto Alegre equivale a 5 mil campos de futebol, aponta estudo
Ainda segundo a prefeitura, também foram contratados serviços de vigilância privada os demais abrigos. Na cidade, 13,1 mil pessoas já foram acolhidas em 140 estruturas emergenciais. Destas, 127 passaram a contar com segurança privada das 19h às 7h a partir da noite de quinta.
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Melo também comentou que o governo municipal avança na construção de um corredor humanitário entre a avenida Castelo Branco e o Túnel da Conceição. Para tanto, a passarela de pedestres junto à Estação Rodoviária foi demolida durante a noite de quinta-feira.
— É necessário para permitirmos a passagem de veículos como caminhões com suprimentos e ambulâncias por ali, mas futuramente construiremos uma nova passarela no local — destacou o prefeito.
Situação de Porto Alegre e RS
Um levantamento feito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a pedido do g1 mostra que a área alagada em Porto Alegre equivale a 5 mil campos de futebol. A capital gaúcha foi invadida pela água do rio Guaíba, que segue acima do nível nesta sexta-feira (10).
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O estudo mostra que Porto Alegre teve 2 mil quarteirões inundados, o que afetou diretamente 86 mil imóveis em um total de 811 km de vias da área urbana da cidade. Ainda em comparativo, o volume de água corresponde a 56 mil piscinas olímpicas.
Pesquisador do RS afirma que “cidades inteiras podem ter que mudar de lugar” após enchente
Do total de 113 óbitos em decorrência das chuvas, quatro foram registrados na capital gaúcha. Segundo o g1, no início desta semana, o prefeito Sebastião Melo recomendou que moradores dos bairros Cidade Baixa e Menino Deus deixassem a região por conta dos riscos. O alerta também segue para as regiões de Sarandi, Humaitá, São Geraldo, Centro Histórico, Ipanema e Lami.
Na sexta-feira, conforme atualização das 9h da Defesa Civil, o número de mortos pelas enchentes no Rio Grande do Sul chegou a 113. Conforme o boletim da Defesa Civil há ainda 146 pessoas desaparecidas e 756 feridos.
No total, mais de 1,9 milhão de pessoas foram afetadas pelas chuvas. Dessas, 337.116 mil estão desalojadas e 69.617 mil foram levadas a abrigos. Dos 497 municípios gaúchos, 435 relataram problemas relacionados ao temporal. Além disso, uma morte está em investigação.
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