Foto: Cpers
Os trabalhadores da educação do Rio Grande do Sul realizaram, nesta terça-feira (16), um ato em defesa da valorização da carreira, dos salários e contra o pacote do governador Eduardo Leite (PSDB) que via à privatização de escolas estaduais. Os educadores se reuniram em frente ao Piratini, enquanto o governador reunia-se com deputados.
Além do protesto na sede do governo, representantes do Sindicato dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS) visitaram os gabinetes das deputadas e deputados, entregando aos parlamentares um documento que aponta os prejuízos relativos à proposta do governo.
“O ofício foi protocolado em todos os 55 gabinetes e bancadas, reforçando a posição do Sindicato pela retirada do pacote ou sua rejeição – caso o projeto não abranja devidamente as servidoras(es) de escola – em caso de votação”, diz a entidade em comunicado.
No documento, o CPERS expressou preocupação com o projeto de alteração do Plano de Carreira das agentes educacionais, apresentado pelo governo Leite (PSDB) sem qualquer diálogo com o sindicato. “A proposta abrange apenas uma parte da categoria, negligenciando a maioria que necessita de maior valorização e apoio. O Sindicato solicitou veementemente que as parlamentares revisem a proposta, garantindo que ela contemple todas as servidoras e servidores”, diz o documento entregue aos parlamentares.
“A proposta de Leite (PSDB) negligencia os dez anos com salários praticamente congelados, as perdas inflacionárias superiores à 60% e não inclui todas as funcionárias(os) da educação”, continua.
De acordo com o sindicato, em resposta à pressão dos servidores, o líder do governo, Frederico Antunes (PP), recebeu representantes da entidade e anunciou mudanças no projeto de reestruturação de carreira. No entanto, é essencial analisar minuciosamente todos os aspectos das alterações propostas para assegurar que os direitos e interesses dos(os) profissionais da educação sejam resguardados. O tema foi discutido de forma taxativa no debate na Assembleia Legislativa, e a decisão final do CPERS será baseada em uma avaliação criteriosa.
Ainda segundo o sindicato, a presidente da entidade, Helenir Aguiar Schürer, também pressionou o governador Eduardo Leite (PSDB), por telefone. “Mesmo sob chuva, fizemos pressão e temos, neste momento, uma sinalização positiva. Vamos discutir o Projeto de Lei e informar a categoria sobre o que o governo está propondo para os nossos agentes educacionais, incluindo merendeiras e o pessoal da manutenção das escolas. Continuamos firmes, fortes, atentos e na luta!”, afirmou a presidente Helenir.
Na próxima sexta-feira (19), quando está prevista a votação do projeto, a categoria realizará o Dia Estadual de Paralisação, às 9h, em frente ao Palácio Piratini, decidido em Assembleia Geral.