G1 em 1 Minuto: Entenda inundação no RS e Água invade hotel
O governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou que há “projeção de que as chuvas possam gerar novos dias de fortes inundações nessas regiões que já foram atingidas especialmente Vale do Taquari, a Serra“.
“Não será a hora de voltar para casa, não será hora de estar nos lugares que foram atingidos”, disse.
Há 207,8 mil pessoas fora de casa. Desse total, são 48,8 mil em abrigos e 159 mil desalojadas (pessoas que estão nas casas de familiares ou amigos). O RS tem 401 dos seus 497 municípios com algum relato de problema relacionado ao temporal, com 1,4 milhão pessoas afetadas.
Na quinta (9), o ar frio vai fazer com que as temperaturas caiam, com mínimas entre 5° e 11°C no Centro-Sul do estado.
“A condição um pouco mais expressiva ainda que a gente está prevendo é a parte da Metade Oeste do Rio Grande do Sul. Então, se a gente for traçar aí uma uma região, diríamos que seria a parte da Campanha, o Oeste, o Centro e o Noroeste do estado com relação a temporais”, afirmou a meteorologista Cátia Valente, da Sala de Situação do RS.
Há projeção de mais chuvas entre sexta (10) e domingo (12).
“Há uma primeira projeção já de que, entre sexta-feira e domingo, nós voltemos a ter chuvas muito fortes na Metade Norte do estado, com incidência nos rios que já se elevaram e que já provocaram todos esses estragos”, falou Leite.
Eduardo Leite ainda comentou qual é a estratégia do governo no combate aos impactos da cheia no estado.
“A primeira estrátegia é o alerta. Fazer a população compreender a gravidade do que aconteceu e do que vem pela frente. Nossa preocupação é não termos pessoas em áreas de risco. E de outro lado, buscarmos sustentar os serviços todos nestas condições. Precisamos garantir, nos abrigos públicos, abastecimento de água, saneamento, esgotamento sanitário, energia elétrica, alimentos, cobertores, em função do frio. Doação de cobertores e roupas de inverno é bem-vinda. Buscamos apoiar os munícipos para religar os serviços. Pedindo um grupo para ajudar na drenagem urbana, especialmente em Porto Alegre“, detalhou.
Água acumulada em Porto Alegre começa a escoar para Lagoa dos Patos
- R$ 70 milhões destinados aos munícipios
- R$ 50 milhões a 20 mil famílias afetadas no programa “Volta por cima”
- R$ 10 milhões para hospitais atingidos
- R$ 40 milhões para recuperação e desobstrução de obras
- R$ 30 milhões para 75 mil famílias no aluguel social
Leite confirmou que o estado vai receber efetivo da Força Nacional de Segurança Pública (veja abaixo anúncios do governo federal para o RS).
“A gente espera receber os 100 primeiros homens amanhã [quarta, 8] ainda. E, ao longo dos próximos dias, totalizando 400 homens integrantes, homens e mulheres, que nós esperamos ter aqui reforçando a segurança pública também com viaturas”, detalhou.
Na Brigada Militar, serão convocados policiais aposentados para atuação em abrigos.
“Autorizei imediatamente a publicação de edital para o chamamento de mil policiais. Mil policiais para serem empregados também na segurança. Eles não podem atuar na segurança nas ruas, mas atuam nas locais que precisam de segurança, como abrigos e outros que tem a necessidade de reforço”, disse Leite.
Quem mora em cidades do Vale do Taquari e passou pelas estradas recém-liberadas já não reconhece o que sobrou. A região foi uma das mais atingidas pelos temporais que assolam o Rio Grande do Sul há mais de uma semana. O Rio Taquari chegou a ultrapassar 30 metros – um recorde histórico.
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o governo federal abrirá prazo para que os deputados do Rio Grande do Sul reorientem a aplicação de R$ 448 milhões em emendas parlamentares. Segundo Padilha, esses recursos foram incluídos originalmente no Orçamento da União de 2024 para outras áreas – mas, com a maior enchente da história no estado, poderão ser remanejados para ações de socorro e reconstrução, por exemplo.