O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (13/5) que os estragos que assolam o Rio Grande do Sul parecem não ter sido causados apenas pelo fenômeno das chuvas. A declaração ocorreu durante discurso do chefe do Executivo na abertura da reunião ministerial ocorrida no Palácio do Planalto para discussão de novas ações de ajuda ao estado.
“Essa chuva que parecia ser uma chuva normal, não foi normal. Nós estamos vivendo tempos difíceis porque me parece que a questão climática é mais séria do que muita gente tenta acreditar que é. Muitas vezes, os negacionistas passam para a humanidade, para a sociedade e dá a ideia de que esse negócio do clima, de aquecimento do planeta, de chuvas torrenciais, de furacões é coisa de ambientalista ou coisa de intelectual, quando, na verdade, o mundo está passando por um processo de transformação que somente nós, seres humanos, seremos capaz de controlar se tivermos capacidade, competência, sabedoria para nos comportarmos de acordo com aquilo que a ciência nos ensina”, apontou.
Lula disse ainda que o desastre no estado gaúcho também foi agravado porque “pessoas não cuidaram das comportas que deveriam ter sido cuidadas há muito tempo”. “Esse fenômeno que aconteceu, sabe, me parece que não foi só o fenômeno da chuva. Me parece que tem um fenômeno também das pessoas que não cuidaram das comportas que deveriam ter sido cuidadas há muito tempo. Mas tudo isso é um problema a ser resolvido daqui pra frente. Nós vamos tentar apresentar a nossa contribuição ao povo do Rio Grande do Sul, inclusive apresentando uma discussão nacional sobre a questão de resolver definitivamente a questão das enchentes na cidade de Porto Alegre, na região metropolitana”, alegou.
O petista reforçou que é preciso cuidar do planeta e evitar a piora do aquecimento global. “Nós não podemos deixar o planeta Terra ter o aquecimento acima de um grau e meio. Isso é um compromisso. Para isso, nós temos que cuidar da energia. Nós temos que cuidar da floresta, temos que cuidar da água”.
Citando infraestrutura, o presidente acrescentou haver uma “infinidade de coisas para recuperar” no Rio Grande do Sul. “É uma infinidade de problemas que a gente vai ter que cuidar e que não é uma coisa de curto prazo, é uma coisa de médio e eu diria até quase longo prazo, porque recuperar aquele estado, sabe, vai ser bastante difícil”. Ao final, disse que o compromisso do governo é deixar o estado “como era antes da chuva”.
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