Cumprindo a primeira etapa do cronograma divulgada no início deste mês, a Vale (VALE3) anunciou nesta quinta-feira (23) a contratação de uma consultoria para conduzir o processo de seleção de seu novo CEO.
De acordo com um comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) hoje, a escolhida para assessorar o conselho de administração na busca foi a Russell Reynolds, empresa de padrão internacional.
A contratação ocorreu antes do previsto pelo calendário de datas-chave para o processo de sucessão que foi enviado ao mercado em 1º de maio. A mineradora esperava concluir esta etapa até o final do próximo mês.
Agora, com a Russell Reynolds já envolvida nos trabalhos, a companhia seguirá para os próximos passos. O cronograma inclui a aprovação de uma lista tríplice de candidatos selecionados pela consultoria e que deve ser avaliada pelo conselho até 30 de setembro.
Já a posse do novo presidente está prevista para o início de 2025, um dia após o término do mandato do atual CEO, Eduardo Bartolomeo. Confira o calendário completo abaixo:
AÇÕES DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO | CONCLUSÃO ATÉ |
Contratação de empresa de consultoria de padrão internacional (“consultoria”) para condução do processo de seleção | 30/06/2024 |
Aprovação da lista tríplice de candidatos selecionados pela consultoria | 30/09/2024 |
Aprovação, formalização de contrato e apresentação do novo Presidente da Vale (até o Vale Day) | 03/12/2024 |
Encerramento do contrato do atual Presidente da Vale | 31/12/2024 |
Posse do novo Presidente da Vale | 01/01/2025 |
Sucessão recheada de polêmicas na Vale (VALE3)
Vale relembrar que a data para a saída de Bartolomeo do comando já estava definida desde março, após um processo conturbado marcado pela guerra de braço do governo na tentativa de emplacar o ex-ministro Guido Mantega no comando da mineradora.
Além disso, um conselheiro chegou a renunciar com alegações de ‘interferência política’ na ex-estatal. Em uma carta enviada ao pressidente do conselho de administração e dois diretores executivos, o empresário José Luciano Eduardo Penido mencionou uma “nefasta influência política” no processo sucessório.
Penido foi voz contrária a da maioria do colegiado em reunião realizada em 8 de março — justamente a que discutiu a abertura do processo para substituir o atual CEO.
Mais de um mês após enviar a carta, porém, Penido veio a público para esclarecer seu conteúdo. Na ocasião, o empresário alegou que o documento não tinha o objetivo de “apontar irregularidades no processo de definição do presidente da empresa”.
O ex-conselheiro afirmou que, ao mencionar a existência de vazamentos, manipulações e influências políticas, referia-se a fatos de que tomou conhecimento via notícias veiculadas nos principais meios de comunicação do país. “Não disponho de elementos comprobatórios do que a imprensa vem publicando”.
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