Voluntários utilizaram um barco de pesca para resgatar moradores presos dentro de suas casas no centro da cidade de São Sebastião do Caí, estado do Rio Grande do Sul | Foto: Anselmo Cunha / AFP
Na noite desta quinta-feira (2), o Ministério da Gestão e Inovação (MGI) anunciou a manutenção do Concurso Público Nacional Unificado (CNU), conhecido como “Enem dos concursos”, no Rio Grande do Sul. A decisão foi tomada em meio as fortes chuvas que atingiram a região, resultando na perda de 31 vidas, conforme dados da Defesa Civil.
O MGI divulgou uma nota após uma reunião entre os ministros Esther Dweck (Gestão e Inovação em Serviços Públicos) e Rui Costa (Casa Civil), onde discutiram um possível adiamento do Concurso Nacional Unificado.
A pasta informou, no comunicado, que a aplicação das provas neste domingo (5) está mantida em todo o país. Segundo o MGI, “o governo federal enviará todos os esforços para garantir, no Rio Grande do Sul, a participação dos candidatos, em diálogo com as autoridades federais, estaduais e municipais competentes”.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), assim como parlamentares do Estado, haviam pedido o adiamento da prova em decorrência das fortes chuvas.
Sala de situação
Em resposta às sequelas deixadas pelas fortes chuvas, o governo federal organizou uma sala de situação para monitorar os desdobramentos da situação no estado, além “de traçar as ações emergenciais de forma interministerial”.
Diversos representantes de pastas ministeriais se reuniram na Casa Civil, sob a coordenação do ministro Rui Costa, para discutir as ações necessárias diante dessa emergência.
Estiveram presentes representantes dos Ministérios da Saúde, de Minas e Energia (MME), do Desenvolvimento Social (MDS), do Desenvolvimento Agrário (MDA), das Comunicações (MCOM) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Lula visita o RS
Nesta quinta-feira (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e uma comitiva de ministros realizaram uma visita ao Rio Grande do Sul. Durante sua estadia no estado, o presidente enfatizou, após uma reunião com o governador Eduardo Leite, que a prioridade absoluta neste momento é “salvar vidas”.
“Num primeiro momento, nossa única tarefa é salvar vidas, cuidar das pessoas. Num segundo momento, precisaremos avaliar os danos e, a partir daí, buscar os recursos necessários para reparar esses estragos”, acrescentou o presidente, expressando solidariedade ao povo gaúcho e às famílias das vítimas.
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