O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), minimizou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de demitir Jean Paul Prates do comando da Petrobras e lembrou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a fazer três substituições no posto mais alto da estatal em apenas um ano.
“Estamos com uma herança maldita na Petrobras, que vem do governo anterior. Aliás, o presidente deles [Jair Bolsonaro] demitiu o presidente da Petrobras em um ano três vezes. Qual é o problema nisso? Era só gasolina a R$ 10 e por aí vai”, afirmou Guimarães em discurso no plenário da Câmara.
“Essa é a herança de vossas excelências quando governaram a Petrobras, porque não tinha nenhum presidente que durasse um ano. Foi seis meses, tira um, bota outro. Portanto, faz parte da rotina. É o presidente que tem o poder de demitir e nomear”, completou.
Mais cedo, a saída de Prates foi anunciada e Lula indicou Magda Chambriard como substituta. Durante o governo Dilma Rousseff (PT), Magda esteve à frente da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).
A fala de Guimarães foi uma resposta a parlamentares da oposição, entre eles, o deputado Cabo Gilberto Silva (PL-PB), que fez críticas ao mandatário pela demissão de Prates.
“Ele [Lula]demitiu o presidente da Petrobras. O que isso quer dizer? Que o governo está afundando, o governo não tem crédito, não tem respeito. E vejam que o preço do combustível era para estar 10 reais. Estão sucateando a Petrobras novamente, saqueando a Petrobras novamente. Por isso, ele ficou desesperado. Eu não sou porta-voz do governo, não. Eu sou vice-líder da oposição”, pontuou Silva.