PT e PL acusam a campanha do senador em 2022 de abuso de poder econômico, por ter se aproveitado dos gastos da pré-campanha à Presidência, e também de caixa dois eleitoral. Naquele ano, Moro tentou se lançar á Presidência da República pelo Podemos, que chegou a realizar eventos para ele, mas o ex-juiz acabou mudando de planos e de sigla e se lançou ao Senado pelo União Brasil.
PT, PL e Ministério Público Eleitoral do Paraná alegam que Moro teve vantagem sobre os concorrentes, nas eleições. A acusação é de que ele teria feito uma pré-campanha à Presidência, com gastos de mais de R$ 2 milhões. Os desembargadores do TRE-PR, porém, rejeitaram esse argumento. As duas siglas, então, recorreram ao TSE, a última instância da Justiça Eleitoral, que, em uma semana, decidiu pautar o caso.
Relações entre Legislativo e Judiciário
Cenário favorável para Moro. Como revelou a colunista Carol Brígido, do UOL, a ação contra o ex-juiz deve ser julgada improcedente, já que entre os ministros da corte eleitoral há o entendimento de que não existem regras claras sobre o que é permitido gastar na pré-campanha. Além disso, também pesa a avaliação de que uma eventual condenação de Moro alimentaria um embate com o Legislativo, em um momento em que os dois poderes tentam selar uma paz institucional.
Presidente do Congresso procurou Alexandre de Moraes. No mês passado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) esteve com o presidente do TSE, Alexandre de Moraes. A tentativa foi de tentar convencer o ministro de que cassar o mandato de Moro agora só acirraria mais os ânimos entre o Congresso Nacional e a cúpula do Judiciário.
Tribunal já postergou julgamento envolvendo senador bolsonarista. Em meio ao esforço de pacificação, no final de abril, o TSE postergou o julgamento de outra ação que poderia levar à cassação do senador bolsonarista Jorge Seif (PL-SC), acusado de abuso de poder econômico por supostamente ter se utilizado da estrutura da rede de lojas Havan durante sua campanha.