Um grupo de nadadoras foi surpreendido por um tubarão-baleia enquanto realizava a travessia do Leme ao Pontal nesse sábado (27). Em um vídeo postado nas redes sociais, um homem que acompanhava no barco de apoio narra o momento e diz que as atletas ficaram tensas, mas tudo deu certo e elas chegaram a bater o recorde da travessia. Na terça (23), um tubarão-baleia também foi avistado nas águas da Barra da Tijuca.
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Nadadoras encontram tubarão-baleia em travessia do Leme ao Pontal
A nadadora Valesca Cruz estava nadando quando viu o tubarão-baleia passar por baixo dela. Experiente nas piscinas, ela conta que nada no mar há pouco tempo e foi a primeira vez que fez uma prova de longa distância. Ela disse que o animal surgiu quando estavam na altura da Praia da Reserva.
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— A gente estava fazendo a travessia do Leme ao Pontal em revezamento. Saímos 3 horas da manhã do Leme e revezávamos a cada hora. Aquele momento era a minha segunda caída no mar e faltavam 20 minutos para terminar o meu período. Estava nadando e de repente ele surgiu embaixo de mim. Aí parei de nadar e todo mundo começou a ver porque chegou bem na superfície. Na hora foi um susto muito grande porque eu não tinha noção do que era, do tamanho. Fiquei com medo, me afastei um pouco e quando ele passou por baixo do barco e foi em outra direção, voltei a nadar — conta.
Ainda segundo Valesca, no início da travessia o grupo já tinha avistado um grupo de golfinhos.
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— Esse travessia foi totalmente abençoada. Antes, passaram golfinhos de longe, mas o tubarão-baleia foi o mais impressionante. Ainda faltava uma hora e meia para contornarmos a pedra do Pontal, no Recreio, acabaria o desafio. Se eu tivesse saído da água, seria desclassificada. As reações foram as mais diversas, teve gente que pediu para eu sair, mas depois que passou o susto veio o encantamento — lembra Valesca.
Segundo especialistas, não há motivos mesmo para entrar em pânico num encontro como este. O animal, que é considerado o maior peixe do mundo, tem a natureza dócil.
— A gente não precisa ter muito cuidado. Apenas tentar não se aproximar muito, pois são muito grandes e qualquer movimento brusco podem acabar machucando a espécie humana. Podem chegar até 12 metros de cumprimento e pesar cerca de 12 toneladas. Mas, no geral, não oferecem risco nenhum a seres humanos. Não atacam. Pouco tem dentes. É a gente que acaba fazendo com que a espécie seja ameaçada, quando eles se embolam em redes, por exemplo — explica a bióloga marinha Larissa Gouvêa Paiva.
Segundo ela, o maior peixe do mundo é uma espécie oceânica, mas que eventualmente pode chegar até a Costa, principalmente quando a água está mais gelada. No Brasil, o tubarão-baleia é classificado como uma espécie “vulnerável”, ou seja, que está sob risco de extinção.