Não é raro, mas atrapalha
Segundo a oceanóloga, doutora em meteorologia e professora da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Claudia Klose Parise, o que está acontecendo agora no Rio Grande do Sul está associado com as condições climáticas que o estado está enfrentando. E não é raro.
Essa maré pode ser positiva, quando o nível do mar sobe, ou negativa, quando o nível desce. E ambas podem trazer problemas, Claudia Klose Parise
Maré meteorológica positiva é quando existe uma sobrelevação do nível do mar. Isso acontece porque há uma alta pressão atmosférica no continente e uma baixa pressão atmosférica no oceano.
“As duas estão soprando ventos intensos na mesma direção e ficam um certo tempo estacionadas na região. O que causa um fenômeno chamado Transporte de Ekman, que é esse sopro de vento em direção ao continente que causa a subida das águas”, explica Claudia
E com duas correntes de ventos, fortes e constantes, soprando na mesma direção (do continente) a água doce que precisa escoar dos lagos para o oceano não tem força. Mantendo – e às vezes, aumentando -, o nível dos alagamentos.