Desde 2019, quando conheceu Kwara Welch em uma consulta, um médico de 47 anos e sua família registraram um total de 42 boletins de ocorrência contra a mulher, que foi presa no início do mês em Ituiutaba, no Triângulo mineiro, pelo crime de stalking, que consiste em perseguir uma pessoa, seja fisicamente ou virtualmente. A jovem de 23 anos, que se apresenta como modelo e artista plástica no Instagram, teria, segundo o relato da vítima, chegado a ligar 500 vezes e enviar mais de mil mensagens de texto para a vítima em um único dia.
Entre as ocorrências registradas pela família do médico estão os crimes de perseguição, denunciação caluniosa, ameaça, perturbação do sossego, lesão corporal, extorsão e até mesmo furto, depois que a jovem agrediu a esposa do médico e furtou seu celular e a chave de seu carro, na porta da clínica do profissional. O crime aconteceu quando a família já tinha uma medida protetiva contra a suspeita, que deveria manter 200 metros de distância do casal.
As perseguições teriam se iniciado cinco anos antes, depois da jovem ser atendida pelo médico e, a partir dali, ter passado a procurá-lo dizendo que estava apaixonada. Depois de ser retirada da lista de pacientes do médico, justamente devido às perseguições, foi que as ameaças se intensificaram ainda mais, passando a afetar até mesmo a mulher e o filho do profissional.
Kwara foi detida no último dia 8 de maio, quando estava em uma universidade de Uberlândia, também no Triângulo, onde estudava nutrição. A prisão foi realizada pela Delegacia de Homicídios do município, que também apreendeu dois celulares com a mulher no momento da prisão.
Até a última detenção, Kwara já tinha sido detida outras duas vezes, por ameaça, extorsão e furto. Porém, acabou sendo colocada em liberdade, com algumas medidas cautelares, que acabaram sendo descumpridas e levaram à decretação de sua prisão. Com isso, a suspeita estava foragida desde março de 2023.
Segundo a Polícia Civil, a mulher foi presa com um mandado de prisão preventiva, expedido pela Justiça mineira. “A PCMG realizou os trabalhos de polícia judiciária cabíveis e encaminhou a envolvida ao sistema prisional. Ela segue à disposição da Justiça”, completa a nota. Desde então, a suspeita está na ala feminina da Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga.
(Com informações de Folha Press)