Sakamoto ressalta a importância das câmeras corporais para auxiliar nas investigações de violência cometidas por agentes, como na chacina do Guarujá no ano passado.
A gente tem visto policiais que já aprenderam técnicas de bloquear com a arma, bloquear com o braço as imagens da câmera para tentar dificultar. O Ministério Público do Estado de São Paulo sofreu, porque no ano passado, imagens corporais das câmeras de PMs envolvidos na chacina do Guarujá e que foram entregues ao Ministério Público mostravam no início confrontos com criminosos em apenas 3 de 16 casos iniciais que terminaram em morte.
As imagens foram captadas, não foram enviadas inteiras para o Ministério Público, ou seja, isso é um outro problema, a imagem vai apenas parcialmente a pedido da justiça, ou seja, pelo menos naquela época, pelo menos 8 imagens de confrontos deveriam aparecer, porque era o número de mortes que envolviam agentes da rota, batalhão que conta com câmeras em todos os uniformes, mas foram entregues vídeos com seis ocorrências nas quais três não mostram nada de útil, exatamente por conta dessas coisas, dessas formas de você criar um problema pra isso. Leonardo Sakamoto
Sakamoto afirma que a mudança no sistema de acionamento das câmeras corporais pode ajudar a aumentar ainda mais os índices de letalidade policial na gestão Tarcísio.
Vamos lembrar que as câmeras implementadas na gestão João Doria Júnior ajudaram a reduzir os índices de letalidade policial, índices que explodiram agora. Então é com muita preocupação que a gente vê isso, porque isso pode inclusive ajudar a disparar ainda mais os índices de letalidade que já estão altos na gestão tanto Tarcísio quanto do secretário de segurança pública Guilherme Derrite. Leonardo Sakamoto