Os membros do Comitê concordam que o cenário global é incerto. Em comunicado, diz que o ambiente externo está mais adverso com a incerteza elevada e persistente no início da flexibilização de política monetária nos Estados Unidos. Também consideram a velocidade com que da queda da inflação de forma sustentada em diversos países.
Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê avalia que o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes.
Copom, em nota
No Brasil, o grupo avalia que existe uma resiliência na atividade e expectativas desancoradas demandam maior cautela. A postura é de manutenção da política contracionista até que haja desinflação e ancoragem das expectativas.
Na última reunião, realizada em março, o Copom havia sinalizado que deveria reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual. No entanto, a queda de 0,25 já era esperada pelo mercado, pelo cenário externo mais delicado e a preocupação com as contas públicas.
O que muda?
Juros menores deixam o crédito mais barato, favorecendo o consumo. Cortes na Selic têm reflexo nas taxas cobradas por bancos e lojas, o que ajuda a impulsionar o consumo das famílias. Esse efeito não é imediato, e os impactos mais relevantes serão sentidos pela população ao longo do tempo.