É nesse contexto que o BRICS Games vai acontecer em Kazan, com provas em 29 modalidades, quase seis vezes o antigo recorde, que era cinco. E, como decisão de governo, o Brasil decidiu participar, como forma de cooperação esportiva.
“Além disso, [participar] representa uma chance única para os atletas brasileiros adquirirem experiência internacional em um ambiente altamente competitivo, contribuindo significativamente para o desenvolvimento e aprimoramento de nossos talentos esportivos. A presença do Brasil na Reunião de Ministros de Esporte do BRICS, agendada para coincidir com o encerramento dos Jogos em Kazan, também é de grande importância, permitindo uma participação ativa em discussões e tomadas de decisões relevantes para o futuro do esporte dentro do grupo”, explicou, em nota, o Ministério do Esporte.
Após reservar R$ 5 milhões para a delegação, o Ministério do Esporte procurou quem topasse fazer o serviço. Só a Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) demonstrou interesse, enquanto outros órgãos com repertório para montar delegações esportivas, inclusive a Defesa, abriram mão.
Responsável por levar um time brasileiro até a Rússia, a CBDU ganhou também o direito de selecionar os convocados. A entidade é a mesma que, no ano passado, levou o filho do seu presidente para disputar a Universíade no tênis, escondido, sem passar por qualquer seletiva.
Agora, as convocações têm acontecido sem critérios claros. Na natação, só durante a Seletiva Olímpica, único campeonato nacional de piscina longa, foi informado que a seleção do BRICS seria formada por universitários. Na esgrima, um ofício foi enviado na sexta (10) convidando os atletas a se inscreverem até ontem (13).
Questionado, o Ministério do Esporte disse à coluna que o país deverá ter representação, em Kazan, nas modalidades “atletismo, natação, canoagem, handebol de praia, judô, karatê, phygital basquete, phygital futebol (jogos eletrônicos), saltos ornamentais, wrestling, wushu, voleibol de praia e xadrez”.